Setembro-Outubro 2014
Liana Timm, Léa Masina, Olinda Alessandrini, Moacyr Scliar - personalidades das mais representativas das artes e da literatura dos pagos e além-fronteiras - orgulham nosso Estado e o CELPCYRO, em especial por sua amizade e colaboração para o sucesso de nossas realizações. Cada um dos links abaixo procura reiterar isso, homenageando nossas amigas e amigos.
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Duas experiências reveladoras
Mais que os limites geopolíticos, as fronteiras culturais e artísticas emergem da realidade assinalando contínuos de criação no tempo e no espaço. Antes de demarcar interrupções, significam possibilidades de expansão e expressividade.
A seguir, é possível apreciar duas experiências reveladoras desse tipo de fronteira. Trata-se de curiosas formas de expressão em seus processos, em que a imagem funciona como sua matéria-prima e cada uma se manifesta aqui em duas perspectivas. Os autores-pesquisadores são a pedagoga Nádia Tobias de Souza Seara e o fotógrafo Paulo D'Alessandro.
1. A primeira experiência tem origem no Boi-Bumbá, criação do imaginário popular amazonense que a pesquisadora Nádia Tobias conta e mostra, enfatizando com imagens fotográficas: ora mergulha nas origens, recria singelas cirandas e rodas, resgatando na periferia de São Paulo (SP) os folguedos do norte do Brasil; ora nos transporta para o Festival Folclórico de Parintins, em exuberante versão carnavalizada, no Bumbódromo, à la Sapucaí.
Roda de Boi-Bumbá (São Paulo-SP) Festival Folclórico de Parintins (AM)
2. A segunda experiência que apresento é também focada na imagem. Trata-se do trabalho do fotógrafo paulistano Paulo D'Alessandro, um autêntico calamburista da imagem: seu manejo com a câmera se assemelha ao de um escritor brincando com palavras, com seus significados e relações possíveis, revelando e dissimulando a fotografia.
"25 de Março" - D'Alessandro**
Pergunta em aberto aos entrevistados e aos leitores: As fronteiras geopolíticas, culturais e artísticas nas experiências de Nádia Tobias e de Paulo D'Alessandro estariam vivenciadas por eles fora do lugar?
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CONVITE
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IN MEMORIAM
Dr. Sérgio Paulo Annes (1922-2014)
Lamento profundamente o falecimento do Dr. Sérgio Paulo Annes, a quem devo minha iniciação como analisanda, que me proporcionou o reconhecimento de minha adolescência tardia e o despertar de meu entendimento do mundo em que eu vivia. Passado esse tempo, vim a ter no Dr. Annes um amigo que, com Dona Heloisa, me recebia com afeto e bom humor. Sua falta, certamente, será muito sentida por seus pacientes, amigos e pelos tantos profissionais da área com quem conviveu na Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA).
Além de sua atividade como psicanalista, Dr. Annes buscava, na pesquisa e no registro cuidadoso de quem foram seus ancestrais, não só lazer, mas pautava essa busca na constatação de que, não podendo saber como será nosso futuro, temos contudo a possibilidade de investigar o passado, de quem somos descendentes. Daí a fantástica árvore genealógica que construiu durante anos, a qual se tornou modelo para muitos investigadores e legado a seus familiares.
Maria Helena Martins
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