Revista Eletrônica CELPCYRO 9 | Imprimir |

EDITORIAL

Fala-se nas releituras da História do Rio Grande do Sul que o cinema e a televisão estão fazendo, à semelhança do que até bem pouco era feito fundamentalmente pela literatura. Para muitos, essa "reinvenção do passado" vem enfeitada com novos adereços mistificadores, reforçando ou criando novos mitos; para outros, está permitindo uma reflexão até hoje escassa, trazendo elementos esclarecedores e desmistificando aspectos importantes para compreendermos nossa realidade de ontem e de hoje.

Fato é que, nessa relação entre história, literatura, cinema e televisão com o contexto real, cada área do conhecimento e de expressão estética, em última instância, tem que dar conta de sua linguagem específica e de seu compromisso com a essência de seu fazer prosaico-informativo ou poético. Principalmente nas artes, a verossimilhança a almejar e reconhecer não seria a da realidade, mas aquela que autentica a obra pela sua coerência interna, seu grau de convencimento do leitor, independente de desvios do mundo real.

Os Autores que escrevem neste número da CELPCYRO trazem contribuições valiosas para nos auxiliar no entendimento dessas questões.

Maria Helena Martins
Maio de 2003


I - Panorama

1. LITERATURA E CINEMA: A CONFLAGRADA FRONTEIRA
Moacyr Scliar - Escritor e Médico

2. LINGUAGEM LITERÁRIA E LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA
José Onofre - Jornalista e Crítico literário

3. ÉPICA RIOGRANDENSE
Flávio Aguiar - Professor de Literatura e Escritor

II - Aproximações

1. A CASA DAS SETE MULHERES
Renata Pallottini - Poeta, Dramaturga, Ensaísta, Tradutora, Roteirista de Televisão

2. A ALMA DE NETTO
César Guazzelli - Historiador