Humanismo Médico e Sexualidade: leituras possíveis | Imprimir |

Betina Mariante Cardoso


Ele sentia que Sabina se abraçava forte nele beijava em seus lábios a música, as lendas, árvores, os tambores da ilha de onde ele vinha, que ela procurava possuir ardentemente tanto seu corpo quanto a ilha, que ela oferecia o próprio corpo as suas mãos assim como quem oferece aos ventos tropicais, e que as vibrações do prazer assemelhavam-se àquelas dos nadadores em mares tropicais. Sabina saboreava em seus lábios os temperos de sua ilha e havia sido nesta ilha também que ela aprendera a maneira especial como a acariciava, uma voluptuosidade sedosa, sem aspereza ou violência, parecida com a forma de seu corpo de ilha onde não aparecia nenhum osso.

Anaïs Nin, em Uma espiã na casa do amor



Leia o texto na íntegra