Breve relatório sobre o projeto Cyro Martins vai às Escolas - Porto Alegre - dezembro de 2009 | | Imprimir | |
Prefeitura Municipal de Porto Alegre - Secretaria Municipal de Educação - Centro Municipal de Educação dos Trabalhadores Paulo Freire O CMET Paulo Freire caracteriza-se como uma escola que estrutura seu currículo voltado para as questões do conhecimento, do trabalho e da cultura (envolvendo as artes em geral). Neste ano de 2009, o tema que norteou todo o trabalho docente foi “O que me leva a ensinar e a aprender”, e o “Projeto Cyro Vai às Escolas”, por seu caráter interdisciplinar, pelo enfoque na literatura e na cultura e história do Rio Grande do Sul e também do Brasil veio somar-se ao nosso cotidiano. Em razão da gripe H1N1, começamos a leitura do “Um menino vai para o colégio” em setembro, mês em que o CMET recebeu os livros da CORAG. Esquematicamente, apresentamos as atividades desenvolvidas pelos professores e alunos:
Todos os alunos receberam os livros doados pela Gorag, e todos os professores foram exortados a utilizá-los em suas aulas. A professora de Português das Ts finais da tarde e da noite trabalhou a leitura, mas os professores das Ts iniciais, nos três turnos, é que aprofundaram o livro, iluminando as riquezas culturais, históricas, geográficas, políticas e econômicas da época. O número de alunos envolvidos soma a 450. Todos os professores que trabalham com as Ts iniciais têm formação superior. No dia 8 de dezembro de 2009, foi feito o “fechamento” desta atividade, e a professora Maria Helena Martins, filha do autor, pôde presenciar o resultado de todo um processo prazeroso que foi conviver compersonagens como Carlos, Afonso e Alzira principalmente. SOBRE AS SIGLAS UTILIZADAS, METODOLOGIA INTERDISCIPLINAR E ESPECIFICIDADES DOS TRABALHOS REALIZADOS T1, T2, T3, T4, T5, T6 : Significam Totalidade 1, 2.... Totalidade é o nome que demos para o nosso currículo. Durante nossas discussões pedagógicas, percebemos que o trabalho que fazíamos não tinha nada a ver com as séries em que tudo é compartimentado. Trabalhamos de forma interdisciplinar, não priorizamos conteúdos por etapas, trabalhamos com grandes temas e escolhemos conceitos. Os conteúdos, portanto, perdem seu antigo status e ficam a serviço desses conceitos, e são liberados para serem desenvovidos em qualquer Totatidade. Para não perdermos os rituais de passagem, denominamos T1,2 e 3 para o trabalho inicial e T4, 5 e 6 para o final do ensino fundamental. Temos o sonho (com muita luta ainda) de oferecer o ensino médio voltado para a produção de eventos públicos. NEES : necessidades educativas especiais. CRÊ SER: é o nome de uma cooperativa organizada por pais de pessoas especiais que têm mais de 21 anos (idade limite para ficar em escolas especiais). A CRÊ SER foi instituída na época do PT na Prefeitura, através do Orçamento Participativo. O terreno e o prédio é da PMPA, os alunos aprendem alguns ofícios (padaria, horta, papel) e aprendem a ler e escrever. A escolarização deles está sob a responsabilidade do CMET e os professores são lotados aqui. Ficou uma extensão nossa (CMET Paulo Freire). Como professora de português, este nome me perturba. A ideia deles era de crer (acreditar) no ser, por isso “crêser”, que não é sigla, não é verbo, é um substantivo ... PTE: Projeto de Trabalho Educativo. Toda uma atividade orientada por professores para alunos portadores de deficiência. Aqui no CMET, esses alunos, durante a semana, estão nas suas turmas de trabalho, num turno específico. Nas sextas-feiras eles se encontram para uma atividade (com professores) orientada para o trabalho (estágios) em secretarias públicas, autarquias, comércio, etc de POA. Conseguido o estágio no turno inverso ao seus estudos, eles recebem acompanhamento dos professores que vão visitá-los sistematicamente em seus locais de trabalho. Está sendo uma experiência muito interessante e positiva. Teria várias histórias para contar.
PROFESSORES ENVOLVIDOS NO TRABALHO |