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FRONTEIRAS CULTURAIS EM LIVRAMENTO E RIVERA - ATIVIDADES EM 2002 | Imprimir |  E-mail
Fronteiras Culturais - Atividades

Pajadores sem Fronteiras - Paulo de Freitas e Jose Curbelo

2º SEMESTRE de 2002 e Perspectivas para 2003


ENCONTRO HISTÓRICO DE ESCOLA  BRASILEIRA  COM URUGUAIA

Sob a coordenação da Profa. Carmem Pedrozo, da Secretaria de Educação de Livramento, efetivou-se o trabalho do Fronteiras Culturais em escolas públicas, destacando-se um projeto que resultou em encontro histórico entre escolares brasileiros e uruguaios.

 

Escola Rural Aldrovando Santana

Situada numa coxilha ao redor de Livramento, cercada pela paisagem da campanha, professores e alunos dessa escola realizaram um belíssimo trabalho. Juntos e  integrando disciplinas,  desenvolveram atividades várias, da pesquisa de campo ‘a produção de dramatizações, trovas, criação de des

nhos, textos.

Os alunos, crianças e adolescentes, muitos de famílias de assentados, têm vivência efetiva da vida campeira. Assim, ao lerem os contos de Cyro Martins, muitos se identificaram com personagens, reconheceram situações e paisagem. Também por isso, envolveram a comunidade (Centro de Tradições Gaúchas) na realização dos trabalhos e preparação de sua apresentação.


Professoras da Escola Rural Aldrovando Santana- Santana do Livramento / 2002


Apresentação dos alunos da Escola Rural Aldrovando Santana,
revivendo a formação da cidade de Livramento

Recontando, em trovas, a trajetória de Cyro Martins

Apresentando trajes típicos

Exposição de trabalhos a partir da leitura de
contos de Campo Fora

Gaúcho de Pouca Fé

Gaúcho que é gaúcho
Não tem medo de qualquer repuxo
Quebra quixo de matungo xucro
Para ter um amigo de confiança
E ainda lida em qualquer estância
Gaúcho que não é gaúcho
Tem vergonha dessa tradição,
Vendem-se´pra outros costumes
Nâo sentem o gosto do chimarrão.
Não importa se é branco ou negro
Se é rico ou se é pobre,
Gaúcho, índio véio humilde e nobre,
E de grande honestidade
Homem que teve coragem
De lutar por sua liberdade

Izair Bueno
Wagner Tiago - 7a. série

Apresentaram leitura e dramatização de textos de Cyro Martins e criações a partir deles; recontaram a  história da formação de Livramento, aspectos da cultura gauchesca com suas trovas, causos, pilchas e danças, num espetáculo harmonioso e cheio de graça. Para tanto, pesuisaram em livros e fora da escola, com familiares e participantes de CTGs, de quem também emprestaram vestimentas e objetos.


Maquete reproduzindo o cenário do conto "Cati", de Campo Fora

Envolveu-se-, assim, a comunidade, misturando o trabalho escolar, com vivências cotidianas do campo , cultivo da memória gauchesca e aprendizado efetivo.


Professoras e alunos na frente da escola

Todos  entusiamados,  embarcamos em seu ônibus escolar  - Tchê Tur -  atravessamos a fronteira para mostrar as realizações  ao  pessoal do “ outro lado” .


Embarcando no "Tchê Tur" rumo ao Uruguai

Fomos visitar a  Escuela 112, no Barrio Bisio de Rivera. Lá, maestras e alumnos receberam-nos com alas de boas-vindas, cantos e declamações em homenagem a seu patrono, o poeta Agostín Bisio.


Escuela 112, Rivera

Recepção na Escuela 112

Alunos da Escuela 112 apresentam textos do poeta Bísio, patrono da escola

Alunos da Escuela 112 declamando poemas

Enfim, brasileiros e uruguaios mostraram e apreciaram seus autores fronteiriços, suas semelhanças e peculiaridades, em confraternização.  Esse, tudo indica, foi um encontro histórico – provavelmente  o primeiro entre duas escolas de ambos os lados dessa Fronteira da Paz. Ele deixará lembranças nos alunos participantes e  certamente incentivará outros  entre escolas já  envolvidas no processo


Alunos da Escuela 112 de Rivera, confraternizam com alunos da
Escola Rural Aldrovando Santana, de Livramento
- Registro de um encontro histórico -

MENINOS DE RUA LÊEM CYRO MARTINS

Impressões semelhantes terão as crianças da Pré-Escola Baby & Cia. que, face ao sucesso em 2001, introduziu propostas do projeto no currículo regular,  com atividades durante todo o ano de 2002. Da mesma forma, lembrarão os que realizaram oficina no III Encontro Municipal de Meninos e Meninas de Rua em Livramento. Alguns manuseando um livro pela primeira vez, identificaram em contos de Campo fora  situações e desejos de seu próprio universo povoado de frustrações e fantasias.


 

ENCONTRO INFORMAL DE PESQUISADORE EM LIVRAMENTO E RIVERA


Encontro informal de pesquisadores ligados ao
Fronteiras Culturais em Livramento e Rivera

Esse Encontro permitiru que trocássemos informações sobre o andamento dos trabalhos dos participantes do Fronteiras Culturais. Soubemos, então, que na URCAMP de Livramento, alunas em final de curso escrevem monografias sobre a obra de Cyro Martins, orientadas pela profa. Nadja Boelter da Rosa. Aliás, Nadja é   pioneira, há mais de década realiza em Quaraí trabalhos nas escolas públicas, fazendo com que lá exista um Fronteiras Culturais informal e continuado.

 

Enquanto a Presidente da ACM/ACJ FronteiraCláudia Cartana, em seu dinamismo nos entusiasma com possibilidades de realizações em sua nova sede,  as componentes do Club de Lectoras dispõem-se a  dedicar um tanto de suas leituras e criações ao Fronteiras Culturais, em 2003. 

 

A Profa. Carmem Pedrozo  anuncia o interesse de alunos e professores em ampliar sua participação, com o apoio do Secretário de Educação, Prof. Guilherme Elguy, e da Intendência de Rivera. Todos dispostos a colaborar com suas experiências e criatividade para enriquecer as tantas atividades de pesquisa e valorização do contexto e da gente fronteiriços, potencializando o tanto que há para   mostrar e  produzir nessa terra.  

 

Estudantes de Bibliotecologia y Ciências Afines, da Universidad de la República, em Rivera, também identificadas com nossas propostas, Graziella Zorrilla e Magaly Ibañez formularam seu projeto “Promoción del acceso y uso de información por el ciudadano” à luz do que temos realizado naquela fronteira.  E levam contribuições importantes ‘as comunidades em que estão trabalhando, podendo ainda vir a fazer algo em parceria conosco.

 

Crescem as investigações sobre a região. Agora mesmo a Profa. Gladys Bentancor finaliza sua tese de Maestria sobre o Cotidiano Fronteiriço Rivera-Livramento. Entre muitos aspectos, percebem-se pontos de contato temático e conceitual  aproximando nossas pesquisas às dela. Quiçá se atraia também a profa. Gladys  para se juntar a nós, fortalecendo vínculos  locais com estudos acadêmicos.

 

Descobrem–se também  novas fronteiras culturais na região, entrecruzando brasileiros e alemães, a respeito do que Sr. Walter Ens e Prof. Darcy Müller, da URCAMP, estão tratando de colher mais informações.