Romeu e Julieta e o Setembro Amarelo Graziela Stein de Vargas
Esse clássico da literatura foi escrito há mais de 400 anos e até hoje segue sendo representado no teatro e nas telas. Entretanto, não é o amor romântico que observo nessa obra, mas sim o amor tóxico. Romeu era apaixonado por Rosalina e sofre Depressão por seu amor não ser correspondido. Esse tipo de amor romântico e seu sofrimento era chamado de Melancolia, no passado era assim a definição de Depressão. Romeu, entretanto, rapidamente se esquece de Rosalina e se encanta por Julieta numa mistura de paixão, impulsividade e juventude. Muitas mudanças hormonais somadas a um cérebro imaturo são os grandes gatilhos para os desastres do coração. Romeu consegue seduzir e convencer Julieta a consumar seu amor tendo sua primeira relação sexual, o que era inadmissível para ambas famílias. Confissões e brigas são muitas nessa obra, o que é bem característico de reações secundárias à imaturidade juvenil. A história segue e depois de muitos desencontros, Julieta, vendo que seu amado havia cometido suicídio, decide suicidar-se também, configurando uma grande tragédia entre as respectivas famílias e no âmbito da fantasia juvenil. Atualmente, cada vez mais vemos as taxas de tentativas de suicídio aumentarem em todas as idades, mas preocupa o aumento expressivo entre jovens e crianças, essa sim, uma grande tragédia da vida real. Sabemos que o suicídio tem, entre suas principais causas, a Depressão, uma doença que tem tratamento, porém 60% jamais consultou com um profissional da saúde mental. Não podemos glamorizar o suicídio, muito menos, romantizá-lo, mas sim divulgar quanto precisamos estar atentos às pessoas e combater o preconceito com o tratamento mental. Tratar as causas de suicídio é a forma de salvar vidas, de salvar nossos Romeus e nossas Julietas. Origem do Setembro Amarelo: https://gntech.med.br/blog/post/origem-setembro-amarelo-prevencao-suicidio |