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XXIV Encontro de Leitura Proler/UESB Vitória da Conquista - INHOBIM - Bahia  E-mail
Além da Letra - Acontecências

 

Local: Escola Municipal Paulo Setubal. Círculo Escolar Integrado de Inhobim

Vitória da Conquista, Ba. - Data: de 18 a 20 de agosto de 2015

24 ANOS DE PROLER


 O Proler/UESB de Vitória da Conquista é um programa de extensão universitária, composto de professores e pessoas da comunidade. Tem por objetivo desenvolver ações de leitura que contribuam para a qualidade em educação e a formação de leitores. As atividades rotineiras são desenvolvidas mediante conversas sobre leitura, palestras, atendimento e orientação redacional, levantamento e recolha de histórias populares, leituras de narrativas, contos, poemas de autores populares, organização de acervos de literatura. Articula e promove ações para a democratização e acesso aos bens culturais e valoriza o saber local, as experiências dos sujeitos visando despertar o interesse pela leitura na região. Organiza Encontros de Leitura anuais para professores da rede pública de ensino e comunidade em geral, com a presença de renomados estudiosos da leitura e literatura do Brasil. O Proler/UESB propicia espaços para novas práticas de leitura, legitima experiências, estimula a capacidade imaginativa de pensar, ativando a criatividade, e revelando outras autorias. Incorpora diferentes concepções de leitura para discutir ações pedagógicas para a escola, que se deseja mais libertária.

Em 2015, o Comitê Proler/UESB de V. da Conquista cumpre pela vigésima quarta vez com os seus objetivos de oferecer cursos e oficinas para a formação de leitores, de acordo com o Programa Nacional de Incentivo à Leitura, Proler - FBN, instituído em Vitoria da Conquista em 1992, tendo como coordenadora a Profa. Dra. Heleusa Câmara, da Universidade do Sudoeste da Bahia - UESB.


foto PROLER com Heleusa 


 

É Preciso Saber seria um título bem posto para o registro que segue, informal e genuíno, de Heleusa Câmara (no centro da foto acima com professores participantes do PROLER 2015).

Ela tem mantido atuante o PROLER de Conquista há 24 anos, graças à sua competência, persistência e contagiante disposição. Fato é que o tempo de existência desse projeto também assinala momentos importantes na atuação dos professores participantes desde seu início. Nós, os professores escolhidos para cada evento do PROLER, éramos incansáveis e ávidos pela troca de experiências e ideias, entre nós e com os participantes locais do evento. Tínhamos um pique físico e uma prontidão intelectual invejáveis e a dinâmica do processo de trabalho era tão jovem e vibrante quanto nossas idades.

O depoimento de Heleusa nos chega em forma e tom de comentário pessoal, reiterando seu comprometimento com o PROLER e simpatia pelos colegas que, como eu, têm nesse projeto – ainda ! - uma das principais motivações profissionais (Maria Helena Martins).


 

DEPOIMENTO DA PROFA. DRA. HELEUSA CÂMARA (UESB)


Proler 2015  com fitas2  


 

"Para definição da oferta das oficinas a equipe escolhe 6 temas e convida profissionais que atendam ao interesse dos alunos. As artes ganham disparado: querem teatro, música, dança, canto, esporte e nós, da equipe, temos de conversar com os professores para o encarte da literatura, da leitura, da produção de texto no meio da oficina: geralmente temos de apresentar as sugestões. Alguns poemas com dados biográficos do autor para servirem, pelo menos, de lembrança. Quatro oficinas são sugeridas pelos professores da escola e ministradas por docentes da própria escola.

PROLER 2015 oficina de música                  

 

A oficina de música é a predileta e geralmente recebe até 80 alunos. A professora de música é tal qual o Flautista de Hamelin: extraordinária no lidar com adolescentes e, também, com velhos. A professora de teatro revelou, este ano, um garoto que deu um depoimento muito forte para a entrevista na TV local: disse que a oficina ajudara a que perdessem o acanhamento de falar o que se pensa, sem medo da crítica e da galhofa. (outras palavras, porque não sabem o que é galhofa). As encantadoras oficinas de Contação de História, muito apreciadas pelos professores, estão se esgotando – não sei se se as histórias desejadas são outras.... Um professor me disse que não tem conseguido ser interessante para os alunos. Os alunos vão para a oficina de Contação de História, por divisão feita na escola e depois vão saindo e se escondem em música e teatro. Fica uma média de 10 a 15 alunos. É desafiante o trabalho do oficineiro diretamente com os alunos do Ensino Fundamental, mas é mais difícil encontrar professores, quer da rede pública ou da privada, com disponibilidade para participar das oficinas. Eles trabalham em várias escolas, não podem faltar, nem são liberados para curso nenhum. Novos tempos. Eles também preferem fazer especialização e mestrado. Os cursos de atualização e aperfeiçoamento ficam em segundo plano. (Não estou generalizando, estou desconfiando). A oficina que construiu o jornal de Inhobim, a da revista Fanzine, a sobre Sexualidade e Adolescência foram bem apreciadas. A de matemática foi também esvaziada e a de xadrez também. Vou mandar para vocês algumas questões abertas. Ainda estamos analisando os dados.


PROLER 2015 4

 

A comunidade do distrito onde acontece o evento ama o Proler, os alunos adoram os dias do Proler e as avaliações deles apontam o que sentem. Este ano criticaram a direção da escola pelo atraso no dia da abertura, pelo fato de darem colher para comerem frango. Achei ótimo. A exposição de fotografias que organizo é um ponto alto do Encontro. O trabalho com memória da gente do povo do povoado, também deixa a comunidade em estado de graça. Eu sou vista pelos professores e alunos como uma velhinha surpreendente, diferente, porque sou risonha e forte, mas uma velha. Felizmente, Dr. Guilherme Menezes, Prefeito Municipal de Vitória da Conquista tem acompanhado o Proler desde 1992 e nos apoia, e os professores da escolas se orgulham em abrigar os Encontros de Leitura. Por tudo isso, estaremos, retomando os trabalhos para o ano de 2016. Vale a pena.

Você sabe, Maria Helena, que a ideia de trabalhar diretamente com os alunos começou em São Sebastião no ano que você veio, 2010. Até hoje o povoado fala do Proler. Participei agora de uma banca sobre lembranças do Proler na zona rural e a Profa. Marcia Betania Amorim escolheu os 3 tres primeiros Encontros de Leitura do Proler na zona rural. Vou mandar alguns recortes para você ver. Fiquei muito feliz com a escolha do objeto de pesquisa".

 

Vitória da Conquista, agosto de 2015

 

Heleusa Câmara