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De astrônomo das estrelas a astrônomo da mente  E-mail
Saúde Mental - Entrevistas

Dr. Jorge Alberto Costa e SilvaDr. Jorge Alberto Costa e Silva 

 

Vinte minutos de conversa ao telefone e uma declaração apaixonada pela profissão escolhida ainda na infância. Jorge Alberto Costa e Silva*, diz ser astrônomo da mente. Ainda pequeno, o psiquiatra perguntou ao pai onde o céu terminava e a inquietação veio com a resposta de que o céu era infinito. Surgiu então o primeiro problema existencial do doutor Costa e Silva, que queria compreender o universo estelar e se tornou referência no universo do cérebro. “O cérebro é maior que o céu, tem mais neurônios e conexões do que estrelas no universo”, afirma o psiquiatra que aos 70 anos de idade é um dos mais renomados profissionais do país e respeitados do mundo.

Hoje lidera pesquisas na área de neurociências e neuroimagem à frente do Instituto Brasileiro do Cérebro – INBRACER, instituição que fundou e é presidente. É chefe do serviço de psiquiatria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro e Professor titular da PUC-Rio e da Faculdade Souza Marques.

Dono de um extenso currículo profissional e vivendo entre o Brasil, Estados Unidos e França, por motivos profissionais, ele não abre mão de atender seus pacientes na clínica que mantém há anos no Rio de Janeiro, e diz que a maior realização profissional para ele é estar perto do paciente.

Costa e Silva se formou na Universidade do Estado do Rio de Janeiro em 1966, um ano depois foi se especializar na Suécia. Ao longo dos 50 anos de psiquiatria ocupou cargos importantes como presidente da Associação Mundial de Psiquiatria, diretor da Divisão de Saúde Mental da OMS em Genebra, professor e diretor do Centro Internacional de Política de Saúde Mental e Pesquisa em Neurociências da Universidade de Nova Iorque, professor titular e diretor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Rio de Janeiro. É Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, membro da Academia Nacional de Medicina na França, onde apenas outros quatro brasileiros fizeram e fazem parte: Oswaldo Cruz, Carlos Chagas, Miguel Couto e Ivo Pitanguy. É membro da Academia Brasileira de Filosofia e da Academia Internacional de Ciências.

O psiquiatra, faz parte do corpo editorial de inúmeros periódicos, entre eles L’Encéphale , Journal of Psychiatric Practice e Dialogues in clinical neuroscience, também é Membro da sessão de metodologia de pesquisa da WPA – Associação Mundial de Psiquiatria.

Jorge Alberto Costa e Silva acompanha a ABP desde sua fundação e vê na Associação a importante função de ajudar no processo de consolidação do profissional e da profissão. Manter sempre os profissionais informados e atualizados. Diz que o desafio da psiquiatria e do século é usar a tecnologia para entender melhor e tratar os transtornos mentais de forma mais adequada.

O psiquiatra e pesquisador que se orgulha em dizer que viajou por 142 países a trabalho diz que a profissão é renúncia, dedicação e amor ao ser humano.

Publicado em 15 de fevereiro de 2013 no Portal Da Associação Brasileira de Psiquiatria -ABP