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Biblioteca de Porteira Fechada* - CM na Confraria de Bibliófilos | Imprimir |  E-mail


Confraria de Bibliófilos reúne amantes do livro e produz edições raras de grandes autores. Cyro Martins é o autor mais recente.

 

Em 2008, no ano em que se completavam cem anos de seu nascimento, o escritor Cyro Martins teve sua obra incluída em uma lista de refinados e exclusivos objetos

de consumo para sujeitos doidos por livros. Uma coletânea de 14 textos do autor foi reunida em um belo volume com ilustrações de Joaquim da Fonseca – exemplar

editado pela Confraria dos Bibliófilos do Brasil, um clube seleto de apreciadores de obras raras.

É Bicho Mau, o Homem reúne 13 contos de Cyro Martins e um fragmento do romance regionalista Sem Rumo. O livro foi publicado no fim de 2008 e teve apenas

500 exemplares editados, para marcar o centenário do autor. Desde sua fundação, a confraria publicou 29 livros, edições exclusivas, não disponíveis para o grande

público e ilustradas por nomes conceituados das artes plásticas nacionais. Quem quer o livro tem de se associar. A boa notícia é que há umas poucas vagas

disponíveis (veja quadro abaixo).

As edições não incluem obras inéditas. Desde julho de 1996, quando foi publicado O Quinze, de Rachel de Queiroz, ilustrado com xilogravuras de Abraão Batista, até

agora, já ganharam edição pela confraria Guimarães Rosa, Mennotti del Picchia, Gracilianos Ramos, entre outros. Gaúchos, além de Cyro, foram três: Os Ratos, de

Dyonelio Machado, com ilustrações de Enio Squeff, Noite, de Erico Verissimo, ilustrado por Danúbio Gonçalves, e Cem Poemas, de Mario Quintana, ilustrado

por Milan Dusek. Cada livro é fabricado por um processo artesanal, e as ilustrações são exclusivas.

A impressão é feita folha a folha, com linotipia. Leva dois, três meses só na impressão. Ainda tem a composição, que demora outro tanto. O processo todo

leva uns sete meses – explica José Salles Neto, presidente da Confraria dos Bibliófilos do Brasil.

Depois da impressão, as matrizes são destruídas, garantindo que a tiragem não será ampliada ou reproduzida. O resultado é uma edição rara com poucos

exemplares (de 350 a 500) – alegria dos bibliófilos. A confraria começou como uma iniciativa de seu ainda hoje presidente Salles Neto. Colecionador de livros de arte,

com uma biblioteca pessoal de 25 mil volumes, ele publicou um anúncio na imprensa procurando interessados para criar uma confraria de bibliófilos, e já no dia seguinte recebeu o primeiro telefonema de um interessado: o então vice-presidente da República Marco Maciel, ainda hoje sócio da entidade.

A confraria não é a única nem a mais antiga (A Associação Brasileira de Bibliófilos, no Ceará, foi fundada em 1987, por exemplo). Mas sua composição é múltipla e

agrega pessoas de todas as partes do Brasil. Há desde bibliófilos de referência, como José Mindlin e o paulistano radicado em Porto Alegre Waldemar Torres, até

nomes como o economista e ex-presidente da Fiesp Horácio Lafer Piva, o ator Paulo Betti e o banqueiro José Safra. O próprio Salles Neto, mineiro radicado em Brasília,

é engenheiro eletrônico. Mas para ser sócio, o requisito é um só: amar o livro.

 

Como se associar

 > A Confraria publica três livros por ano: duas tiragens “regulares” das Edições da Confraria, vendidas a R$ 150 o exemplar, e uma edição anual a R$ 100. As edições

anuais têm tiragem maior, produção mais simples e preço mais baixo – e sua compra é facultativa, ao contrário das edições “regulares”. Para se associar na confraria, o candidato pode entrar em contato com a direção da entidade pelo telefone (61) 34... ou pelo endereço eletrônico conbiblibr@yahoo.com.br.

 

*Carlos André Moreira - Jornal Zero Hora - Porto Alegre - 16/02/2009

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Visite a EXPOSIÇÃO É BICHO MAU, O HOMEM, na Galeria Virtual CELPCYRO