70 Anos da Praça Internacional de Livramento-Rivera - A saga do Tratado de Tordesilhas nessa fronteira |
Fronteiras Culturais - Outras Fronteiras |
Carlos Alberto Potoko*
O estudo das convenções luso-hispanicas estudada pelo diplomata Fernando Cacciotore em seu livro Fronteia Iluminada, nos revela a força do Tratado de Tordesilhas, cujos trabalhos se desenvolviam ao longo da cumeada da Coxilhade Santana, sobre a qual corre a linha divisória. Ele louva a ação, esclarecida, do monarca brasileiro D. João VI, na condução da política externa para com o Prata. Isso foi observado quando os membros da Comissão Mista de Limites Brasil-Uruguay perceberam que o crescimento espontâneo das cidades de Sant’Ana do Livramento e Rivera fizera com que, ao longo do tempo, construções de ambas as nacionalidades ultrapassassem os limites de seus respectivos países. Assim sendo, por convenção assinada em janeiro de 1920 entre o Brasil e o Uruguay, resolveu-se alterar a linha de limite, por entre as cidades de Livramento e Rivera, de modo a que refletisse exatamente a ocupação dos dois países pelos dois lados da cumeada em todo o trecho urbano, aspiração que já havíamos demonstrado algumas vezes entre 1895 e 1901.
O presidente brasileiro Getúlio Vargas e o presidente uruguaio, Gen. Arquiteto Alfredo Baldomir que havia fechado o parlamento uruguaio, não estiveram presentes no dia da inauguração, em 26 de fevereiro de 1943, mas enviaram seus representantes, o Ministro do Trabalho e Embaixador Extraordinário do Brasil, Marcondes Filho e o ministro Hector Geroma foi representante do presidente uruguaio. O advogado e promotor público, Crisanto de Paula Dias, prefeito interventor à época e intendente interventor de Rivera o Dr. Raul S. Parodi
* Carlos Alberto Potoko - cronista e poeta fronteiriço (http://www.fronteiradapaz.com/carlospotoko) |