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70 Anos da Praça Internacional de Livramento-Rivera - A saga do Tratado de Tordesilhas nessa fronteira  E-mail
Fronteiras Culturais - Outras Fronteiras

 

Carlos Alberto Potoko*

 

O estudo das convenções luso-hispanicas estudada pelo diplomata  Fernando Cacciotore em seu livro Fronteia Iluminada, nos revela a força do Tratado de Tordesilhas, cujos trabalhos se desenvolviam ao longo da cumeada da Coxilhade Santana, sobre a qual corre a linha divisória. Ele louva a ação, esclarecida, do monarca brasileiro D. João VI, na condução da política externa para com o Prata. Isso foi observado quando os membros da Comissão Mista de Limites Brasil-Uruguay perceberam que o crescimento espontâneo das cidades de Sant’Ana do Livramento e Rivera fizera com que, ao longo do tempo, construções de ambas as nacionalidades ultrapassassem os limites de seus respectivos países. Assim sendo, por convenção assinada em janeiro de 1920 entre o Brasil e o Uruguay, resolveu-se alterar a linha de limite, por entre as cidades de Livramento e Rivera, de modo a que refletisse exatamente a ocupação dos dois países pelos dois lados da cumeada em todo o trecho urbano, aspiração que já havíamos demonstrado algumas vezes entre 1895 e 1901. 


A origem da Praça Internacional foi a de construir um passeio internacional para regularizar o Tratado de Limites de 1851 entre os Estados Unidos do Brasil e a República Oriental do Uruguay. Para tanto se realizou em 27/12/1916 uma Convenção que se estendeu até 26/06/1919 e de acordo com esta formou-se uma Comissão Mista de Limites com o objetivo de caracterizar melhor a fronteira. O divisor de água era o critério devido a não prejudicar nenhuma propriedade, mas na área urbana, a partir do Cerro do Caqueiro até o Cerro do Marco numa extensão de 4 km, era considerada terra de ninguém devido as muitas propriedades que ali se embaralhavam. Finalmente este problema ficou resolvido em 1923 com execução de um “Parque Internacional” o qual assim era chamado popularmente. O referido espaço então, discutido por 20 anos entre os Delegados chefes ministros: Don Vigilio Sampognano e o Marechal Gabriel Souza Pereira Botafogo. O gesto sem precedentes é necessário destacar pela magnitude dos senhores delegados de terem a ideia de ali resolverem o impasse de limites com a criação de um passeio único para estes adoráveis povos fronteiriço, Sant’Ana do Livramento e Rivera.  

 

O presidente brasileiro Getúlio Vargas e o presidente uruguaio, Gen. Arquiteto Alfredo Baldomir que havia fechado o parlamento uruguaio, não estiveram presentes no dia da inauguração, em 26 de fevereiro de 1943, mas enviaram seus representantes, o Ministro do Trabalho e Embaixador Extraordinário do Brasil, Marcondes Filho e o ministro Hector Geroma foi representante do presidente uruguaio. O advogado e promotor público, Crisanto de Paula Dias, prefeito interventor à época e intendente interventor de Rivera o Dr. Raul S. Parodi

 

 * Carlos Alberto Potoko - cronista e poeta fronteiriço (http://www.fronteiradapaz.com/carlospotoko)