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Homenagem ao Ministro Paulo Brossard*  E-mail
Coluna CELPCYRO - Colunistas

                                                               

                                                                   placa dr. Brossard 1555                                                 

                                                                                                   

Discurso em homenagem ao MInistro Paulo Brossard durante evento  O Império do Crime  

                                       João Gomes Mariante

 

Senhoras e senhores

                      O encerramento desde seminário não poderia contar com maior dita de estar aqui integrado ao nosso evento um cidadão emblemático, lendário e simbólico: Paulo Brossard de Souza Pinto.

                      

 Senhor Ministro: quem vos fala neste instante alinha-se entre os mais devotados apreciadores do vosso saber e da vossa intelecção.

O Ministro Paulo Brossard de Souza Pinto, a quem sempre fui adepto e admirador imparcial, além de virtudes e qualidades das quais é legítimo dignitário, como cultor do direito, dono de uma cultura eclética e universalista, sempre atento às suas formas evolutivas e autóctones, brinda-nos semanalmente com magistrais artigos em jornais diários, que nos instruem e nos fazem pensar. A ele, como reserva moral de várias gerações, um emocionado agradecimento.


                        Acalento a convicção de que um ser humano de tal estirpe, de incontestável grandeza moral, intelectual e cívica, torna-se imprescindível não só evocar, mas propalar, enaltecer e divulgar a sua trajetória, as suas conquistas e suas realizações.


                      Além desses méritos, alinha-se entre os poucos detentores de uma existência pautada pela constância de procedimentos e de conduta ilibada.

 

                      Seria imenso meu júbilo, se pudesse exaltar a pletora de outros valores que assinalam a existência digna e já lendária que recaem sobre o delito. descendente do proscênio pampeano de Bagé. Esse propósito, figura nos meus projetos.


                       Em relação ao exercício da política honesta e digna de tão saudosa memória, cujos expoentes Silveira Martins, Raul Pilla e Assis Brasil, foram líderes e incontestáveis cultores. Paulo Brossard se iguala, se emparelha a eles com eles se identifica. No desempenho diplomático, não perde vaza a Joaquim Nabuco, Rio Branco e Oswaldo Aranha.


                        O nosso homenageado poderá afigurar-se às pepitas raras resgatadas das jazidas de Bagé, que o garimpeiro do Destino desencravou para iluminar a cultura universal.


                       É quase obrigatório citar a sua ação contra um dos crimes do século: a corrupção como endemia nacional.

                       Na sua luta tenaz e permanente ensina às gerações atuais e as que virão a não cruzarem os braços diante de tanta desonestidade, de tanto cometimento, de desvios de verbas e dotações, até as destinadas a saciar a fome das crianças. Tais contingências vergonhosas sugerem citar o pensamento de Winston Churchill: “Nunca tantos deveram tanto a tão poucos”. Parodiando o genial político dizemos: “Nunca tantos roubaram tanto de tantos”.


                     Nutro a convicção de que diante de um ser humano de tal grandeza moral, intelectual e cívica, torna-se imprescindível acentuar e propalar sua vida, suas ações mais altas, suas virtudes, sua liberdade de espírito, sua independência de pensamento.

O que acabo de dizer revela apenas um simples bosquejo de uma vida exemplar. Propalá-la, divulgá-la, difundi-la, deixam de ser apenas um ato encomiástico, para consubstanciar-se um propósito de levar as gerações atuais e vindouras, fecundos exemplos de uma vida a ser imitada.


                    A sua presença neste encerramento sugere trazer à colação o velho aforismo: “fechar com chave de ouro”, a chave que ele simboliza e que maneja, para clausular as portas da desonestidade e da corrupção.

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* Discurso pronunciado no encerramento do Seminário  O Império do Crime