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Do mar de Sophia a Oropa, França e Bahia | Imprimir |  E-mail

Sophia de Mello Breyner Andersen, Heleno Oliveira e os itinerários
de uma literatura de migração


Joana Bosak de Figueiredo

 

 

A luz dos mitos escorre das colinas.

Eu subo solto o Largo da Graça.

Escuto o canto claro de Sophia

Senhora negra grega e lusitana

Capaz de reunir ao deus ausente

Os deuses exilados do poente.

Heleno Oliveira, As Sombras de Olinda

 

 

O poema acima exposto, intitulado “A luz dos mitos
escorre das colinas”, faz parte da coletânea
“As Sombras de Olinda”, organizada por Sophia de
Mello Breyner Andresen em 1997, dois anos após a
morte do autor, Heleno Oliveira. A escritora Sophia

comparece ao poema, convidada como leitura e musa

que é do poeta, tornada mito, assim como as

paisagens de sua “casa”, Lisboa, e seus itinerários

poéticos. Imagens, a lembrança de uma tradição

clássica; os deuses que ambos freqüentam. Sophia:

portuguesa, católica humanista, Heleno:

afro-brasileiro, nordestino, missionário ligado desde

muito jovem ao Movimento dos Focolari; identidades

múltiplas.

Como Sophia, poeta já reconhecida em Portugal,

chega a esse seu leitor-autor, totalmente

desconhecido no Brasil? Pois é no exílio voluntário

que vive Heleno, é da migração que faz seu itinerário

poético. Em sua antologia sobre poetas de língua

portuguesa, Luciana Stegnano Picchio nos apresenta

Heleno Oliveira como o grande representante de uma

poesia múltipla: nordestina, afro-brasileira, planetária.

O “problema” do espaço, em Heleno de Oliveira,

não é mais do que um motivo, uma razão de ser do

poeta, que não se limita a espaços físicos e mentais.

A República Mundial das Letras, à qual se referia

Valery Larbaud como desejo de uma integração

literária nos anos 1920 - retomada por Pascale

Casanova nos anos 1990 de forma crítica - é uma

realidade neste poeta cidadão do mundo: as barreiras

geográficas e lingüísticas não existem e não é por

acaso que Mia Lecomte inicia a coleção sobre

literatura de migração - Ciutadini della poesia - com

a publicação de Se fosse vera la notte, de Heleno de

Oliveira. Leitora da teoria de Armando Gnisci, a poeta

franco-italiana é também uma escritora migrante.

Heleno Affonso de Oliveira, nascido em Santa Clara,

em 1942, nas cercanias de Olinda, filho de um pai

austero e ausente de ascendência luso-espanhola e

uma mãe negra de família abastada, toda ela ternura

e cultura; faz a viagem de volta a Portugal, depois de

ter passado por Belém do Pará, onde estuda Letras e

Porto Alegre, onde foi professor de Literatura

Brasileira na Pontifícia Universidade Católica e faz

seus estudos de mestrado, com foco na obra de

Murilo Mendes – o segundo poeta cidadão de Mia

Lecomte.

Entre 1983 e 1995 Heleno vive e escreve entre

Florença e Lisboa, onde desenvolve a pesquisa de

doutoramento em literatura a partir da obra de

Sophia. Ele busca desentranhar sua própria língua,

depois de viver mais de dez anos na Itália;

escrevendo, bilíngue que era, nas duas línguas,

muitas vezes diretamente em italiano, como em Se

fosse vera la notte.

Mia Lecomte, a já citada poeta, filóloga e crítica

franco-italiana, que organizou o livro de poemas de

Heleno inteiramente redigido em italiano no posfácio

à obra define a ação do escritor como:

"Interculturale - una capacità di creazione del proprio

codice, di dislocazione del proprio mondo poetico in

una lingua altra, che lo rende per questo testimone

di: - ‘Un nuovo Umanismo, non fondato, come si è

ipotizzato, sul sincretismo religioso o la fusione di

capitalismo e comunismo, ma sulla cognizione e il

riconoscimento di identità multiple (...) Si tratta di

elaborare una cultura planetaria che contempli

necessariamente il diritto alla differenza’."

É dessa diferença e no respeito à reciprocidade

frequente em sua obra que Heleno retoma de Sophia,

sua última e mais adensada leitura, o material para

sua tese, inconclusa, de que nos chegaram

manuscritos e material datilografado. Um material

precioso, original, de um poeta múltiplo, cidadão

planetário, que lê essa que é considerada a maior

poeta portuguesa da contemporaneidade. Heleno, a

partir de Sophia se escreve e se autotraduz.

É no ano de 1995, em viagem a Portugal, que Heleno

encontra Sophia, vindo logo em seguida a falecer em

decorrência de um diabetes. Sophia, ao ler,

posteriormente ao encontro a obra de Heleno fica

perplexa diante do entendimento que o poeta tem de

sua própria obra. Considera-se totalmente

compreendida por ele: traduzida. Daí nasce o

interesse. Sophia, juntamente com Luciana Stegnano

Picchio, amiga de Murilo Mendes e que já conhecia

Heleno anteriormente, tornam-se as principais

divulgadoras da obra do poeta desconhecido,

fomentando a publicação de sua obra em Portugal e

na Itália, respectivamente.

Na apresentação de Nícia Nogara, tradutora do

português ao italiano, sobre Heleno Oliveira, no

livro Poesia Straniera – Antologia della poesia

portoghese e brasiliana, a estudiosa nos diz que

si tratta di un poeta paradigmático per la letteratura

brasiliana, nel contesto di questo nostro libro,

Heleno può anche rappresentare um ponte verso de

la terza sezione, quella de la poesia dell’Africa

lusofona”. E continua, nesta apresentação com

palavras de Sophia de Mello Breyner Andresen:

La poesia di Heleno è un mondo nello stesso

tempo uno e molteplice. È contemporaneamente

um cammino e il diario di quel cammino”. (PICCHIO,

2004, p. 804)

Heleno, portanto, além de ter a marca da brasilidade

em sua poesia, soma a esta a vivência na Europa e

faz ecoar a voz de sua negritude. Ainda que seu

pertencimento físico pela África seja restrito a uma

viagem ao Egito, “que foi para ele o encontro com a

cidade pobre, solitária e desolada ‘mas cheia de Deus’

que canta em ‘Galabya’” (ANDRESEN, 1997, p. 9), é

de lá que soa uma sua voz ancestral por ele sentida.

O caminho e o diário do caminho, ou seja, os

itinerários e as representações poéticas desse

mesmo itinerário unem a obra poética de Heleno e

Sophia e a leitura de um a respeito do Outro é

mútua, ao menos no período posterior à morte de

Heleno, quando o admirador torna-se homenageado.

Ambos descrevem, em sua poética, estados de alma,

o pertencimento a lugares simultâneos que só a

poesia pode dar.

Sophia, com o mar que ecoa perenemente em sua

obra e com a Grécia, terra mãe do conhecimento e da

sabedoria que a acompanham permanentemente,

onde quer que vá. Essa idéia do pertencimento

simultâneo a vários lugares é uma constante na obra

do autor transnacional e, por que não, ultracolonial,

que é Heleno:

Portugal derrama-se no meu corpo.

Lisboa seus pedaços de Bahia de Olinda e de Alcântara.

Dos lugarejos perdidos. Várzeas e barras do Brasil.

Escrever-te não é fácil.

A tua língua de pedra.

A luminosidade grega de Sophia.

O povo que vive de pouco pão e luar.

O cais imenso. Tens grandes pequenos tiranos.

Tua terra pouca. Tua abundância de alma.

(Portugal derrama-se no meu corpo, 1997, p. 45)

Nesse poema, temas caros a Sophia comparecem: Portugal, Lisboa,

as cidades, paisagens, a língua, a política. Também a alma, a Grécia,

as cidades, o cais e o mar perenes na obra da portuguesa respondem,

antecedem e dialogam com Heleno:

Este búzio não o encontrei eu própria numa praia

Mas na mediterrânica noite azul e preta

Comprei-o em Cós numa venda junto ao cais

Rente aos mastros baloiçantes dos navios

E comigo trouxe o ressoar dos temporais

Porém nele não oiço

Nem o marulho de Cós nem o de Egina

Mas sim o cântico da longa vasta praia

Atlântica e sagrada

Onde para sempre minha alma

(O Búzio de Cós, 1998, p. 10)

As imagens mentais de ambos os autores parecem

dialogar em tempos pouco distintos. Se o tempo não

é simultâneo, o pertencimento é o mesmo: o lugar

da poesia, com inspirações e imagens mentais que

se cruzam e se retro-alimentam; o cais, lugar de

permanentes saídas e chegadas, berço da civilização

portuguesa que descobre, que viaja, que se evade.

E ainda nos diz Sophia:

Foi no mar que aprendi o gosto da forma bela

Ao olhar sem fim o sucessivo

Inchar e desabar da vaga

A bela curva luzidia do seu dorso

O longo espraiar das mãos de espuma

Por isso nos museus da Grécia antiga

Olhando estátuas frisos e colunas

Sempre me aclaro mais leve e mais viva

E respiro melhor como na praia

Na poesia de Sophia o movimento do mar e das

ondas retoma os ciclos da vida, à finitude e às

questões existenciais primeiras. Ao mesmo tempo, o

mar aparece como primeira visão do belo, como

conceito estético a ser buscado incessantemente. O

mar é, também, um espaço da liberdade, onde nada

se prende. A cidade, em oposição, aparece como

confinamento, como limite do homem, preso pelas

contingências políticas e sociais, o que se fará ecoar

nessa poeta militante, que atua em prol das

liberdades individuais durante a ditadura salazarista.

Não se estranha, portanto, que a presença do mar

que liberta seja tão frequente em sua obra.

Heleno, em seu livro místico – segundo Luciana

Stegnano Picchio (OLIVEIRA, 2004, p. 25) -, Oropa

França e Bahia, parece responder: nele se cruzam

pertencimentos múltiplos, espaços que se sobrepõem

sem a distância do oceano que os separam, raças,

santos, crenças, favelas, Palazzos Vechios, maracatus

e vielas e a alma, uma alma poesia e ainda Sophia e

Pessoa (este lido pelos dois):

Aparição

Luz contida e rara.

Texto nunca lido.

No ar no chão o divino.

A luz dispersa e aprumada

Ensina a ser ninguém.

Na brancura lembro Sophia:

“Em nome do Pai do Filho do Espírito Santo amém”.

Salões do Palazzo Vecchio

Minha terra voa em tuas linhas.

Florença se acende no instante

Na luz onde Ficino viu a alma.

Olho o Batistério.

Sou moleque senex.

Nos braços um samba

E um maracatu.

(...)

É ser e remar

Na mesma zoada

Na onda arrastada

Do mar sem raiz.

E Deus não se rima

Bem perto ressoa

Ao centro da alma

Perdida e à toa

Enquanto me vejo

Cantando Marina

Cantando Pessoa

Bem fora do templo.

(...)

Sem um amparo

Sigo a Sophia.

Luz de Apolo

Dança de Baco?

Na busca de uma voz poética múltipla e humanista,

de acordo com os preceitos éticos que morais que

persegue Heleno, a poeta portuguesa se reconfigura

e é transcriada: nos valores poéticos de Sophia, que

tão bem se coadunam à sua própria vida, Heleno

encontra as recorrências de seus itinerários

geográficos e mentais. O espaço é uma constante,

ele é descrito a cada poema de forma real, mas tão

atravessado pelo sentimento que se desfaz em

sonho, criando o que Rilke chamou de poesia-coisa.

Portanto, através da concretude de uma realidade

espacial Sophia cria o sonho, a irrealidade que povoa

seus poemas. Seus lugares e suas paisagens são, ao

mesmo tempo, tangíveis e fictícios, criando, mais

uma vez o espaço mítico, muitas vezes povoado pela

busca de um ideal apolíneo-dionisíaco que ecoa de

seus poemas.

Se em Sophia a presença grega é mais sentida, em

Heleno, por sua vez, Sophia é já a Grécia encarnada.

Sophia representa alternadamente a brancura e a

negritude, negritude essa cada vez mais atingida em

Oropa França e Bahia, as partes do mapa múndi

mental de Heleno, como um navio negreiro

multicultural do final do século XX, onde, à maneira

de Sophia em relação à História portuguesa, luta

pela voz negra, pela voz do poema migrante.

A viagem de volta de Heleno é interrompida pela

morte repentina. Havia ido ver Sophia. Os últimos

versos de Oropa França e Bahia fazem um verdadeiro

balanço de sua linguagem híbrida e de sua literatura

de migração:

Não sei como surge do outro lado do mundo Recife

Venezia americana per modo dire

Parca antro furna fome

Sem dó dos homens.

Não, não quero mais teu ouro

Pollock Picasso e Paul Klee

Eloi Eloi lama sabathani?

Que fiques linda e só.

Vivaldi toca uma ária sem nome

Recife é o nome velado.

O corpo pesa ausências.

O olhar esquece histórias.

Não é Olinda é o país perdido.

Fruto amanhã e madrugada.

Casas pardas e cacimbas.

Vilas vagas de uma só rua.

Sertão de soco e lágrima.

Porque li Jorge de Lima

Fui a Maceió num trem da Great-Western.

Um dia irei escavar sementes.

Sonhar a volta.

Um imenso cemitério

Sem túmulo, floresta, história.

Aqui e acolá folhas da ressureição.

(Oropa França e Bahia)

 

Não houve a volta física, mas sim as sementes que

foram jogadas. Da cartografia sentimental de Heleno

queremos recuperar um pouco dessa “transformação

quase mítica da origem”, que “ é um dos elementos

mais peculiares da experiência do exílio”, um “exílio

lingüístico”, como diz Prisca Agustoni, em ensaio

sobre Murilo Mendes (2005). Agustoni segue, agora,

citando Mia Lecomte, no posfácio à Ipotesi, de Murilo

Mendes, o segundo livro da coleção Cittadini della

poesia: “a migração, voluntária ou necessária,

comporta um longo percurso atravessando todos os

sentidos de uma língua, e em alguns casos expatriar-

se é exatamente o meio pelo qual visitar todos os

aspectos da língua e da própria existência”.

Com certeza a expatriação voluntária de Heleno

Oliveira, que se configurou em um exílio lingüístico –

já que o autor passa a escrever também em italiano

– o trouxe de volta à sua raiz lusa. No encontro com

a obra de Sophia Heleno tornou-se ainda mais

planetário, embora voltando a escrever em sua língua

nativa, fazendo o que tanto buscava: uma origem.

Penso que Armando Gnisci nos oferece uma bela

interpretação às           questões relacionadas aos

autores interculturais, como Heleno. Para Gnisci, em

Migração e Literatura,

“O destino atual da literatura dos mundos consiste

na consciência de estar em transição e tradução;

como sempre esteve, aliás. ‘Estar em transição’

corresponde tanto à consciência poético-literária ou

à dimensão do tempo por ela invocada. Esse conceito

nos convence, tendo sido apenas pronunciado,

a pensar, ao mesmo tempo, que estar no mundo é

um ‘estar entre’, um ‘entre-ser’. Assim como Pessoa

e Kafka, por exemplo, fizeram com a sua época,

permitindo uma “ausculta” verdadeira de suas vozes.”

(Gnisci, 2003, p. 2 – 3)

 

Ao pensar numa necessária “crioulização” da Europa,

a fim de que distorções culturais gigantescas e

seculares sejam finalmente mais bem compreendidas

, sem falsos eurocentrismos, Gnisci nos traz um

conceito fundamental para pensarmos o papel de

Heleno Oliveira em seu exílio lingüístico. Da

crioulização que Heleno faz do italiano e da literatura

que produz na Europa como tradução desse seu “estar

entre” tantos mundos poéticos, poderíamos ainda

agregar o impacto que essa “crioulização” teve na

obra da própria Sophia, que de lida passou a leitora

de Heleno, recompondo mesmo os seus itinerários

poéticos após esse encontro.

Heleno foi um leitor fundamental de Sophia, ao qual

ela retribuiu a força da leitura e de sua obra poética

em relação na publicação e divulgação do poeta

precocemente falecido, agindo na sua própria

reescritura. Entre os últimos trabalhos de Sophia está

justamente a antologia de Heleno – As Sombras de

Olinda – que ela selecionou e fez publicar.

Se não houve tempo suficiente para a musa helênica

se “crioulizar”, como diria Armando Gnisci, ao menos

o escritor migrante, poeta cidadão do mundo que foi

Heleno, pôde ser resgatado daquele lado do Atlântico.

Urge, hoje, que se faça o mesmo do lado de cá, para

que finalmente Oropa França e Bahia não sejam

apenas o título de livro bilíngüe publicado na Itália

há seis anos pela maior especialista em Literatura

Portuguesa da história daquele país.

Este artigo tenta ser uma parte ínfima de iniciar

esse itinerário poético em cotejo: do Mar de Sophia a

Oropa França de Bahia de Heleno, um espaço

intertextual sem fronteiras.

Quando eu morrer voltarei para buscar

Os instantes que não vivi junto do mar

Sophia de Mello Breyner Andresen

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* Dra. em Literatura Comparada, pesquisadora da UFRGS, pós-doutoranda junto ao

PPG em História da mesma universidade.


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A ligação de Heleno a Murilo Mendes é vasta: Murilo, assim como Heleno, vive

vários anos na Itália, escrevendo no idioma vernáculo. Heleno, por sua vez, escreve

dissertação de mestrado sobre Murilo. Ambos defendem a fé cristã. Os dois

participam ativamente do espaço literário italiano e são amigos de Luciana Stegnano Picchio, figura de proa daquela crítica literária.