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Transtorno Esquizofrênico e Violência | Imprimir |  E-mail

Cláudio M. Martins *


O palestrante desmistifica a idéia vigente de que o doente mental é um ser violento. Enquanto na população em geral, atos de extrema violência chegam a 12%, entre os esquizofrênicos esse índice alcança 2%. O uso de substâncias psicoativas como a maconha e a cocaína, no entanto, agravam o problema.

A esquizofrenia é um transtorno mental em que a pessoa passa a ter alucinações visuais e auditivas, escuta vozes de comando, vê vultos ameaçadores e tem delírios persecutórios. A doença se manifesta depois que a personalidade está formada, na fase da adolescência ou adulto jovem.

Cerca de 1% da população sofre de esquizofrenia. A teoria mais aceita é de que a doença tem origem multifatorial como a herança genética, além de fatores ambientais como cuidados durante a infância e adolescência; e fatores estressores que desencadeiam o surto, como a entrada no mercado de trabalho.

Segundo Cláudio Martins, o americano que matou 32 pessoas e feriu outras 20 na Universidade Virginia Tech, em abril deste ano, era um caso de esquizofrênico delirante. O atirador possuía uma lógica delirante, desconforme com as regras sociais e que o impeliu a agir.

TRATAMENTO - A doença geralmente se desenvolve de modo silencioso sem chamar a atenção das pessoas próximas. Somente quando o esquizofrênico entra em crise, a mudança de comportamento fica mais notória.

Os sintomas aparecem gradualmente ao longo de meses e a família e os amigos que mantêm contato freqüente podem não notar nada. É mais comum que uma pessoa com contato espaçado por meses perceba melhor a esquizofrenia desenvolvendo-se. Geralmente os primeiros sintomas são a dificuldade de concentração; estados de tensão de origem desconhecida, insônia e desinteresse por atividades sociais.

A esquizofrenia não tem cura, mas o uso de antipsicóticos melhora a capacidade de socialização do paciente. O médico cita o exemplo de um esquizofrênico do interior gaúcho que foi internado 42 vezes. Mas com o tratamento adequado, ele conseguiu concluir o ensino médio, trabalha, toca em uma banda e, há seis anos, não é internado.

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*Cláudio M. Martins é Médico Psiquiatra, chefe do serviço de psiquiatria e coordenador do ambulatório de esquizofrenia do Hospital Presidente Vargas, instituição vinculada à Fundação Faculdade de Ciências Médicas de Porto Alegre. Coordenador de Saúde Mental do CELP Cyro Martins

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