X Jornada CELPCYRO

img banner

Informe CELPCYRO

Cadastre-se e receba nosso INFORME
Nome
E-mail*
Área de Atuação

Redes Sociais

  • Twitter
  • Windows Live
  • Facebook
  • MySpace
  • deli.cio.us
  • Digg
  • Yahoo! Bookmarks



O futuro das grupoterapias  E-mail
Saúde Mental - Artigos

Luiz Carlos Osório*

 

Há já algum tempo as grupoterapias deixaram de ser consideradas uma forma menor de abordagem terapêutica ou alternativa para as psicoterapias individuais. Hoje, e cada vez mais, assumem a posição de relevo a que lhes corresponde no universo das práticas psicoterápicas.

Houve época em que se atribuía valor e importância às abordagens grupais apenas por suas vantagens quanto ao custo por paciente; se ainda restassem dúvidas quanto à eficácia das grupoterapias basta que se faça menção a esta observação feita por Yalom (1), cujas credenciais como pesquisador e professor de uma das mais respeitadas universidade norte-americanas, o tornam indiscutível referência na área “psi”:

“Em uma revisão de 32 estudos experimentais controlados que comparam as terapias de grupo e individual, a terapia de grupo foi mais efetiva do que a individual em 25% dos estudos; nos outros 75% não houve diferenças significativas entre elas”.

Em meados do século XX o advento do paradigma sistêmico (padrão  “feedback”) possibilitou a superação dos limites epistemológicos do paradigma linear (padrão causa-efeito), hegemônico nas ciências em geral ( e nas humanas em particular) até então. O maior impacto que a visão novo-paradigmática trouxe sobre as abordagens psicoterápicas foi o desfocar do intrapsíquico para o interacional a tônica dessas abordagens. E com isso o grupo passou a ser um espaço privilegiado para o surgimento e desenvolvimento de novas práticas psicoterápicas, o que se evidenciou no “boom” das terapias de famílias nas últimas décadas. 

Penso que o desenvolvimento das grupoterapias doravante estará indissociavelmente vinculado à influência do paradigma sistêmico e seus desdobramentos. E, como corolário do pensamento includente próprio da visão sistêmica, a práxis grupoterápica não poderá prescindir do enfoque interdisciplinar.   

-------------------------

* Dr. Luiz Carlos Osório é médico psiquiatra e psicanalista