X Jornada CELPCYRO

img banner

Informe CELPCYRO

Cadastre-se e receba nosso INFORME
Nome
E-mail*
Área de Atuação

Redes Sociais

  • Twitter
  • Windows Live
  • Facebook
  • MySpace
  • deli.cio.us
  • Digg
  • Yahoo! Bookmarks



Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - PROLER- UESB | Imprimir |  E-mail

Departamento de Ciências Sociais Aplicadas-DCSA - Curso de Administração
Disciplina: Comunicação das Organizações - Profa. Heleusa Camara
III Semestre do Curso de Administração - Projeto Cyro Martins vai às Escolas



Embora disponíveis à realização do projeto, esses estudantes só foram receber os exemplares de Um  menino vai para o Colégio em novembro de 2009. A fim de não retardar mais o processo, a profa. Heleusa Camara optou por apresentar-lhes o filme - realizado a partir da novela, discuti-lo e propor que fizessem pesquisa de campo sobre como teria sido a infância e adolescência de seus pais para, posteriormente contrastá-las

com a leitura do livro.



ALGUNS REGISTROS DA PESQUISA

Comentário do filme: Um menino vai para o Colégio

Daniel Matos Pinheiro

O filme “Um menino vai o Colégio” é baseado no livro de mesmo título, do autor Cyro Martins. O filme mostra a rotina de um menino do interior do Rio Grande do Sul que vai para um colégio de capuchinhos na capital Porto Alegre. Sua vida até então pacata, vivida na fazenda do pai é totalmente transformada. No colégio ele encontra um mundo novo e retrai-se diante do novo. O filme se passa durante uma viagem de trem, no qual, ele já crescido retorna ao colégio e em flash back recorda os momentos que passou na fazenda e na escola.


Trajetória Escolar de meu Pai

Daniel Matos Pinheiro

A trajetória escolar do meu pai começou aos seis anos de idade. As primeiras séries alfabetizantes foram estudadas no Colégio Estadual Padre Antônio Vieira, localizado na cidade de São Miguel das Matas. Aos nove, meu pai passou a estudar em Amargosa, cidade vizinha. Lá cursou todo ensino primário e secundário. Ambos os ciclos foram cursados no Colégio Militar Olavo Bilac. Aos 16, meu pai foi morar em Salvador. Durante três anos, o Colégio 2 de Julho tornou-se sua casa. Com 20 anos, foi aprovado no vestibular de Engenharia Civil da UFBA. Desistiu no 6º período do curso, pois segundo ele aquilo era coisa de “malucos” e “psicopatas”. No ano seguinte, após ser aprovado em mais um processo seletivo, iniciou o curso de Direito também na UFBA. Por ter de conciliar estudo e trabalho, acabou se formando com um ano de atraso. Logo após o término do curso, iniciou o mestrado em Direito Público também na Universidade Federal. Com 28 anos, após aprovação no concurso de Agente Fiscal de Rendas do ICMS desistiu de cursar o doutorado para trabalhar em Vitória da Conquista.


O primeiro dia do meu pai na escola

 Meu pai, Valdemar Balbino da Paixão, tem 63 anos e entrou na escola depois de quase 43 anos fora dos estudos. No ano de 2009, depois das ações do governo de estender a alfabetização por todas as áreas e idades, então ele decidiu entrar na escola para poder prosseguir o que não tinha acabado há 43 anos.

O primeiro dia, diz ele, “foi bom, mas fiquei ansioso”, pensando que não iria conseguir prosseguir devido às complexidades e atualizações do conhecimento moderno, em face do que tinha visto há muito tempo atrás.

A professora de meu pai se chama Vanda e no primeiro dia ela pediu para colocar o nome da escola, da professora, o nome dele e outros dados de grande relevância para serem apresentados aos demais colegas.

Os diretores fizeram uma reunião, os apresentando perante o corpo discente, proporcionando dinâmicas educativas e de entretenimento e registrando estes momentos alegres com fotos.

Atualmente, meu pai tem uma interação maior não só com a escola, mas com o saber e com a sociedade em que ele vive. Ele disse “quero me desenvolver e seguir meus estudos, para ter conhecimento maior no saber”.


Comentário do Curta-metragem

Elvira Araújo Ruas Magalhães

Portanto, este curta metragem relata passos na passagem da meninice à juventude, mostrando o vislumbre da cidadania, valorizando os sentimentos e as relações sociais, os intercâmbios culturais e os compromissos assumidos.


O dia em que um menino foi à escola.

Laudeci Rodrigues da Silva

No dia seis de novembro a professora doutora Heleusa Câmara, da disciplina comunicação nas organizações do terceiro semestre, curso de administração Uesb 2009; apresentou um vídeo produzido no Rio Grande do Sul, sobre a ida de um adolescente a escola interna.

O trabalho enfocou a forma em que o jovem é encaminhado à escola interna. Em geral, uma pessoa ligada à igreja ou religioso conhecido da família faz a intermediação da relação entre a família do interno e o representante administrativo da igreja. Cuja vertente é o catolicismo, detentora do mercado educacional até o séc. XX no Brasil.

O filme demonstra também a ruptura entre a infância e a adolescência, a saída do jovem do campo para a zona urbana mais desenvolvida. A forma de o adulto relacionar com a criança e o jovem. O sentimento e reações da família que tem a ausência de um membro, sobretudo, de tão pouca idade. Além das dificuldades e surpresas vivenciadas pelo interno na instituição e na vida que segue

“O menino vai para o colégio” conta a história de um garoto no momento do seu ingresso no colégio jesuíta. Aborda também como era sua vida antes, como ele vivia na fazenda, as suas brincadeiras, o seu cotidiano e ainda, como era a cultura totalmente paternalista, na qual o pai tomava decisão pela família, sem ao menos consultar, evidenciando a submissão sem questionamento da esposa e do filho ao chefe da família.

Mostra as novas descobertas do garoto frente ao colégio, mostra a sua timidez em um local ainda estranho e todo o processo do medo do desconhecido que as crianças, ao entrar no colégio, geralmente enfrentam.

E ainda, se quisermos aprofundar mais, é possível conhecer um pouco da cultura do Rio Grande do Sul na época.


“Uma menina vai para a escola”

Elvira Araújo Ruas Magalhães

Minas, sua terra natal, onde deu os primeiros passos e descobriu as primeiras palavras, não era mais seu destino. Agora, seus pais e irmãs mudam-se emergencialmente para a Bahia e devido aos percalços do momento não ingressa na escola na idade padrão da época.

Edna chega a Vitória da Conquista com sete anos, em junho de 1980; e como já haviam se passado meses do ano escolar, não teriam, elas e suas irmãs, como acompanhar mais o ano letivo.

Dona Noemi, então, preocupada com o desenvolvimento cognitivo de suas filhas, decide contratar um professor particular, chamado por Edna, de “Ti Zé”. Esse senhor tinha o costume de alfabetizar crianças, inclusive tendo em sua residência “escolinha”, como eram chamadas as escolas não registradas que tinham por objetivo somente se alfabetizar ou auxiliar o alfabetizado de crianças que estivessem em escolas, o que hoje denominamos de “banca”.

Dá para se perceber nesse contexto, a cultura da época, que de forma informal, as pessoas se organizavam para ensinar ou para aprender, quando a escola não lhe estava disponível.

Em fevereiro de 1981, Edna ingressa de fato, no Colégio Municipal Vila Vicentina, no Bairro Patagônia, e começa de fato, sua construção do saber.

No primeiro dia de aula, chegou cedo, sentou logo nas primeiras carteiras, e com medo do desconhecido aliado à timidez, observa cada detalhe com muito cuidado, aquela morena de baixa estatura que chega sorridente, que seria aquele que lhe apresentaria agora o novo mundo do saber, observava seus coleguinhas, rostinhos totalmente desconhecidos, e a apresentação de cada um sobre si para a turma.

Um mundo novo era apresentado a Edna no momento, um mundo desconhecido, mas que por ser muito curioso, a instigava bastante. O bom sabor de aprender e conhecer novas coisas deslumbrou Edna, que ansiava a cada dia pela hora de novamente ir à escola. Não é de se admirar que se destacasse sempre, dentre os outros colegas, durante toda a sua vida escolar.


Meu pai vai para  o colégio

Terceiro filho de uma família de nove irmãos, meu pai, como muitas crianças naquela época, ingressou tardiamente na escola, quando tinha oito anos, em 1958.

Estudou até a primeira série em uma pequena cidade chamada Ichu, onde nasceu. Ele diz que muitos dos professores eram leigos e que ainda vigorava o método das palmatórias.

Quando meu pai completou 11 anos, meu avô decidiu sair da cidade a fim de priorizar o estudo dos seus filhos. Mudou-se então para Serrinha, e é de lá que meu pai tem as maiores lembranças. Meus tios me contam dessa viagem, da mudança que foi sair de uma pequena cidade para outra relativamente grande e desenvolvida.

Os professores já não eram leigos e a escola passou a exigir cada vez mais de sua atenção. Meu pai se lembra de uma professora deficiente que dava aula sentada numa cadeira de roda. De início, com o preconceito aflorado, ele duvidou de sua capacidade. Porém, com o tempo, a professora se mostrou uma mulher muito sábia e ele fala que foi ela quem lhe despertou o prazer de estudar.

Nesta mesma cidade, meu pai terminou o ensino médio.

Percebi, quando ele me contou a sua história, os estágios de desenvolvimento pelos quais ele passou: de um menino que mal tinha discernimento, ao rapaz que, como conta minha avó, subia no pé de tamarindo que tinha no quintal de casa para olhar as mulheres desnudas de um cabaré vizinho a sua casa.


Um menino vai para o colégio

Lorena Silva Carneiro

A série Escritores Gaúchos, da RBS TV, levou ao ar dia 23 de setembro de 2007 a obra “Um menino vai para o colégio”, do escritor Cyro Martins. O curta metragem tem direção de Liliana Sulzbach e Marcello Lima, com roteiro de Ana Kessler.

Desde o ínício do filme, quando um cachorro tenta atacar o menino Carlos e é executado com um tiro, evidencia-se a proteção que o pai dá ao menino. Quando é proposta a ida de Carlos para um internato, o menino se mostra consciente da necessidade da separação do ambiente familiar para dar prosseguimento aos seus estudos e com isto tornar-se “doutor”.

A vivência dele no internato é muito mais de observação do que de participação nas brincadeiras. Ele mantém-se atento a tudo e desempenha-se muito bem no papel de aprendiz, principalmente em termos de formação cívica através dos ensinamentos do pai.

Além disso, o filme mostra questões fundamentais para o amadurecimento do menino, tanto emocional quanto intelectual, para a percepção do mundo em que vive e com quem convive, enquanto vai revelando mistérios da imaginação, a importância de conhecimentos diversos e da educação em geral.

Os primeiros anos de estudo do meu pai.

Laudeci Rodrigues da Silva

Segundo minha mãe Izabel Rodrigues Pires, 63 anos de idade, ela, suas irmãs mais velhas e a maioria de seus conterrâneos, de camada baixa na zona rural do interior baiano quase não tiveram acesso á escola.

O pouco que freqüentaram foi com professora leiga que os pais pagavam em períodos curtos do ano para ensinar os filhos. Isso quando tinham o dinheiro para pagá-la e comprar os materiais didáticos. Também nos períodos que não estavam preparando a terra, plantando ou colhendo etc.

Portando, João N. da Silva, meu pai apesar de não termos nenhum contato desde os meus três anos de idade, conforme depoimentos de minha mãe e outros parentes aprenderam, sobretudo, as operações matemáticas elementares e a leitura, sozinho, ou, com irmãos mais avançados.


Como meu pai ia para a escola

Romildo

Inicialmente apresentarei meu pai, que se chama Antônio Figueiredo da Costa, nascido em Macaúbas – Bahia no ano de 1951. Ele começou a estudar em 1960 aos 9 anos de idade na Escola Cônego Firmino Soares em sua própria cidade. “Meu primeiro dia de aula foi de muito medo, muita tensão e nervosismo, pois eu era muito tímido e conhecia poucos colegas da sala de aula” – conta meu pai. Mesmo não estando bem, meu pai gostou muito desse primeiro dia, pois sua professora Carlina (primeira professora) acalmou a todos com brincadeiras descontraídas.

Naquela época meu pai passou por muitas dificuldades, pois ele morava em um povoado da cidade a 5 km de distância da escola, e não havendo transporte era obrigado a ir caminhando, assim, todo dia, chegava à aula cansado e todo suado.

Apesar de ter sido sempre um bom aluno e um ótimo comportamento, repetiu a primeira série por três anos consecutivos, pois como morava na roça perdia muitas aulas e provas para ajudar seu pai nas colheitas e cuidar dos animais. “Depois de muitas insistências consegui passar pela primeira série, mas por influências dos meus pais, porque eu mesmo já estava pensando em parar de estudar” – diz meu pai.

A partir da segunda série meu pai realmente focalizou nos estudos, daí em diante foi passando pelas séries sem tomar conhecimento das dificuldades vividas. Concluiu o ensino fundamental em 1967, tendo estudado toda essa primeira parte escolar na mesma Escola Cônego Firmino Soares.

No ano seguinte teve que fazer uma prova de admissão para ingressar em uma nova escola, desta vez o CEAS (Colégio Estadual Aloysio Short), como se fosse o vestibular de hoje. Meu pai fez e passou, sem perder de ano, foi passando e assim em 1972 conclui o 1° grau. No fim desse mesmo ano foi para São Paulo tentar a sorte, buscar uma vida melhor, não foi muito feliz. Em 1973 voltou para Macaúbas, onde no mesmo CEAS - Colégio Estadual Aloísio Short estudou os últimos três anos escolares, ou seja, o segundo grau, quando em 1975 formou em professor primário. Profissão que nunca exerceu.


Um menino vai para o colégio

Tiara de Oliveira Cardoso

O filme relata a trajetória da vida de um menino gaucho, Carlos, que sempre viveu em meio às brincadeiras infantis e a sua família e que, no entanto, derrepente é levado pelo pai a um internato em Porto Alegre onde passa toda a sua adolescência.

No decorrer do filme, Carlos descreve questões importantes para a construção do seu amadurecimento emocional e intelectual, para a percepção do mundo em que vive e com quem convive.

Um dos maiores símbolos do filme é a forma com o autor do livro descreve o rito de passagem da infância a adolescência, da forma como surgem os traços de um homem nas decisões que tem que tomar.


Tiara de Oliveira Cardoso

Inicialmente gostaria de apresentar meu pai. Ele se chama Manoel Cardoso da Silva Neto, tem 43 anos, nasceu na Fazenda Caldeirão de Nogueira, município de Caetano Bahia.

Ele começou a estudar em 1973, quando tinha 7 anos, na escola Nossa Senhora da Filomena.

Como era difícil a permanência de professores na zona rural, havia apenas um que lecionava de alfabetização a 4 séries, o senhor Jesuíno Lima de Souza.

Assim, meu pai começou a estudar em uma turma mista, aonde o professor tinha que se desdobrar com inúmeras atividades para todos os alunos.

Meu pai disse que a grande ansiedade pelo seu primeiro dia de aula ocorreu mesmo na véspera. Pois, como a escola era próxima de casa, mas precisamente há uns cinco minutos, e dois dos seus irmãos já estudavam ele acabava frequentando as aulas por brincadeira. Finalmente quando chegou o grande dia lembra-se que acordou cedinho pois a aula começava as sete horas da manhã, tomou banho e vestiu o uniforme, sua blusa branca de cetim de seda e uma calça azul de linho e obrigatoriamente um tênis (kixute) azul com meias brancas. Apesar da escola ser próxima ele foi cedinho para a porta para se encontrar com seus amigos Elpidio, Maria e Santos. Aquele primeiro dia de aula foi inesquecível, pois cada coisa que o professor Jesuino dizia era um mistério, uma surpresa. Ao fim do seu primeiro dia, muitos eram as novidades para se comentar.

Assim se prossegui o seu primeiro ano na escola, movido por grandes descobertas. No entanto o ano decorrente continuou com o professor Jesuino e a turma mista, assim seguiu-se até a terceira série, quando o professor Jesuino teve que se afastar por motivos de saúde que o levaram a falecer no ano seguinte. Infelizmente apesar da grande perda a professora Eulália Lima de Souza (mãe do professor Jesuino) assumiu as turmas, porém como o número de alunos tinha aumentado muito nos últimos anos a escola foi removida para outra localidade, para a Fazenda Aliança, agora não tão próxima, a jornada tornava-se maior, no entanto, não menos prazerosa que antes. Agora a distância proporcionava um período maior de brincadeiras e convívio entre os amigos. Assim foi concluído o ensino fundamental.

Já com quase onze anos, vim morar em Conquista com a minha tia. Naquela época buscava trabalhar e estudar, porém meus planos foram frustrados, me deparei com primos desinteressados em relação aos estudos, assim, como não tinha ninguém para me incentivar, fui deixando passar o tempo, quando me vi já estava casado e sem tempo para isso- disse meu pai. Porém não ouvi isso com tristeza, para ele, os poucos anos passados dentro de uma escola foram suficientes. -sei hoje coisas que muitos estudantes das mesmas séries que fiz não sabem.


Um menino vai para o colégio


A série Escritores Gaúchos, da RBS TV, levou ao ar dia 23 de setembro de 2007 a obra “Um menino vai para o colégio”, do escritor Cyro Martins. O curta metragem tem direção de Liliana Sulzbach e Marcello Lima, com roteiro de Ana Kessler.

Desde o ínício do filme, quando um cachorro tenta atacar o menino Carlos e é executado com um tiro, evidencia-se a proteção que o pai dá ao menino. Quando é proposta a ida de Carlos para um internato, o menino se mostra consciente da necessidade da separação do ambiente familiar para dar prosseguimento aos seus estudos e com isto tornar-se “doutor”.

A vivência dele no internato é muito mais de observação do que de participação nas brincadeiras. Ele mantém-se atento a tudo e desempenha-se muito bem no papel de aprendiz, principalmente em termos de formação cívica através dos ensinamentos do pai.

Além disso, o filme mostra questões fundamentais para o amadurecimento do menino, tanto emocional quanto intelectual, para a percepção do mundo em que vive e com quem convive, enquanto vai revelando mistérios da imaginação, a importância de conhecimentos diversos e da educação em geral.

Portanto, este curta metragem relata passos na passagem da meninice à juventude, mostrando o vislumbre da cidadania, valorizando os sentimentos e as relações sociais, os intercâmbios culturais e os compromissos assumidos.


Um menino vai para o colégio 

Romildo Anunciação Costa

Um menino vai para o colégio, de Cyro Martins, relata as peripécias de um menino, nascido e criado na campanha gaucha. Das brincadeiras infantis e do convívio familiar passa a adolescência enfrentando a realidade de um internato, a separação da família, a descoberta de um mundo além dos limites domésticos. Um texto que mostra o modo de iniciação à vida adulta ao mesmo tempo em que informa sobre o contexto sócio-histórico e cultural do Rio Grande do Sul, no inicio do século XX.

     O filme narra à trajetória de Carlos, o menino, mostrando questões fundamentais para seu amadurecimento intelectual, para a percepção do mundo em que vive e com quem convive, enquanto vai revelando mistérios da imaginação, a importância de diversos conhecimentos, da educação em geral. O autor narra com simplicidade como acontecem os primeiros passos na passagem da meninice à juventude, o vislumbre da cidadania, valorizando os sentimentos, as relações sociais, os intercâmbios culturais e os compromissos assumidos.


Meu pai vai para o colégio

Poliana Rocha Souza

Morador de uma pequena vila do interior baiano (Santa Rosa de Viterbo, atual Guajeru), meu pai iniciou sua vida escolar aos oito anos de idade numa turma mista de primário em uma escola local.

Oitavo de uma família de dez filhos, desde menino trabalhava para ajudar no sustento da família. Por esse motivo mudou-se para o estado de São Paulo aos treze anos, onde teve que cursar novamente as séries iniciais, pois a escola em Ilha Solteira – SP não considerou os anos de estudo na Bahia.

A muito custo, deu seguimento aos estudos num curso supletivo das 5ª  e 6ª séries, não completando porém, as 7ª e 8ª séries. Em seu trabalho, a mudança de cidade era algo freqüente e isso foi o que tornou impossível sua permanência na escola.

As dificuldades encontradas por meu pai – obrigado a trabalhar desde os treze anos – para alcançar o PRIMEIRO GRAU INCOMPLETO, torna desprezível meu esforço, mesmo estando longe de casa, para conquistar uma GRADUAÇÃO.


Comentário sobre o vídeo: “um menino vai para o colégio”

Poliana Rocha Souza 

O vídeo, baseado na obra do escritor gaúcho Cyro Martins, “Um Menino Vai para o Colégio”, conta, brevemente, a história do garoto que afasta-se do seu pacato lar para estudar num internato.

São evidenciadas no filme, as transformações de comportamento e valores no menino, decorrentes das transições em sua vida. Vê-se claramente a diferença entre os cenários da história, um mais rural e o outro mais urbano. Ademais, a mudança de hábitos reflete expressamente na formação do “menino adulto”.

A substituição do cavalinho de brinquedo pelo automóvel, apresenta-se como símbolo do amadurecimento do garoto. A mudança comportamental é inerente ao crescimento etário do indivíduo e a escola exerce um papel direcionador nesse processo. Daí sua importância e responsabilidade no futuro de uma pessoa, de uma família, de um país.

17 de novembro de 2009 UESB POLIANA ROCHA SOUZA smpolifl@hotmail.com

TURMA 2008.2 NOTURNO



“Um menino vai para o colégio” de Cyro Martins


Philipe Andrade Guerra

Um menino vai para o colégio relata a história de um menino que sai de sua rotina tranqüila e pacata para uma nova, cheia de ordens e obrigações. São relatadas as suas dificuldades de se acostumar com o novo, o desprendimento de concepções românticas sobre a vida, além da ruptura do convívio familiar.  

Imerso nesse novo mundo o menino ainda fantasia sua liberdade inocente de criancice, tendo um cavalo artesanal como ícone, que não a queria abandonar. Porém o ambiente no qual está o molda e o faz mudar, gerou os seus novos vícios e se transformou talvez na pessoal ao qual não quisesse tornar. 


História da ida para escola do meu pai

Philipe Andrade Guerra 

Nordestino, vindo de Afogados da Ingazeira interior de Pernambuco, Severino, pai do meu pai, tinha consigo a concepção de que com a educação uma pessoa conseguiria ter sucesso na vida, porém muito orgulhoso e pai de 5 filhos, não gostava da idéia de seus filhos estudarem em escola publica, pois para ele era local onde não se tinha qualidade de ensino. Com isso, contratou uma professora particular de nome esquecido ao longo do tempo, que ensinava todas as matérias que uma criança hoje vê até a quarta série, porem o ensinamento era motivado por muitos castigos como: ajoelhar no milho, ficar em pé com dois baldes de água, suspender uma cadeira e fica por um tempo além da velha e boa palmatória.


Meu pai vai para o colégio

Andressa Fagundes Oliveira

A história de meu pai se parece com a história de muitos outros pais daquela época. Meu pai por ser de família humilde e morar desde criança na zona rural de Anagé, só foi para escola pela primeira vez aos 12 anos. Como era difícil a disponibilidade de recursos e de transporte, a sua ida para colégio aconteceu um pouco tarde com relação ás crianças de hoje. No início a sua adaptação foi um pouco difícil, devido a não percepção da importância de uma formação intelectual e pessoal para a vida. Depois da conclusão do ginásio em sua cidade, meu pai veio para Vitória da Conquista dar continuidade aos estudos e posteriormente concluir o Ensino Médio ou 2° Grau. Hoje com o Ensino Médio Completo, ele se arrepende por não ter feito um Ensino Superior, pois naquela época o pensamento era de que o 2° Grau já era fundamental para a Formação Profissional.


O menino vai para o colégio

Andressa Fagundes Oliveira

O curta metragem Um menino vai para o colégio relata a vida de um menino (de 11 aos 15 anos), nascido e criado no Sul. O filme mostras a realidade de um internato, aonde o menino passa sua adolescência, mostra a separação da familia, a descoberta de um mundo além do que ele conhecia dentro de casa.

O filme tenta mostrar as questões fundamentais para que o menino amadureça tanto emocional quanto intelectual. Na verdade mostra a mudança de menino para homem, mostra qual é na verdade a percepção de mundo do menino, e vai revelando mistérios da imaginação, a importância de conhecimento diversos, da importância da educação na vida de um menino na idade dele. O filme mostra como acontecem os primeiros passos na passagem da meninice à juventude, a cidadania, valoriza os sentimentos, as relações sociais, os compromissos assumidos.

Aluna: <dessa_fagundes@hotmail.com>3º semestre.