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Sergio Faraco e Mario Arregui: a fronteira, o gaúcho e o gaucho | Imprimir |  E-mail

Eoná Moro Ribeiro*


"Desde la primera lectura me gustaron mucho tus relatos, la mayoria relacionados al campo y,algunos de ellos, creando un cierto perfil del gaucho.” 3


Esse comentário do escritor Sergio Faraco (nascido em Alegrete, Rio Grande do Sul, em 1940) chegou a Mario Arregui (nascido em Trindad, capital do departamento de Flores - Uruguai, em 1917) por meio de uma carta datada em 11 de julho de 1981, uma das primeiras trocadas entre os escritores. A correspondência entre eles vai durar quase quatro anos e será interrompida pela morte de Arregui em fevereiro de 1985. Todas essas cartas reunidas deram origem ao livro de Corrrespondência, publicado em Montevideo em 1990.


Tal intercâmbio inicia-se quando Faraco, em meados dos anos 1981, escreve uma carta dirigida à Editora Arca do Uruguai, pedindo a autorização para traduzir os contos de Mario Arregui no Brasil. A Editora comunica-se com Arregui, que logo (3 de julho de 1981) entra em contato com Faraco.  Como todo escritor, tinha interesse na tradução dos seus livros.


A partir daí, vai surgir uma intensa “troca” de experiências, que vislumbra tanto o cotidiano quanto à criação literária desses dois escritores latino-americanos, fronteiriços. Podem ser considerados fronteiriços não só no sentido da territorialidade, já que pertencem a países vizinhos, mas também, e especialmente, no sentido cultural. Ou seja, as fronteiras, cuja concepção é inicialmente ancorada na territorialidade e no político, induzem “a pensar na passagem, na comunicação, no diálogo e no intercâmbio”4 cultural, o que implica uma transcendência, acima e antes da geopolítica. “Fronteiras culturais remetem à vivência, às sociabilidades, às formas de pensar intercambiáveis, aos ethos, valores, significados contidos nas coisas, palavras, gestos, ritos, comportamentos e idéias.”5 E “a fronteira cultural é trânsito e passagem, que ultrapassa os próprios limites que fixa”6. Assim, Sergio Faraco busca o diálogo com Arregui porque reconhece que a literatura do escritor uruguaio, assim como a sua,  cria “un cierto perfil do gaucho” “algo novo e diferente, pela situação do contato, da mistura, da troca.”7


Mas que “tipo” de “gaucho” é esse que povoa muitos dos contos de Arregui? Em que ele se parece ou se diferencia do gaúcho dos contos fronteiriços de Faraco?            Sabemos que essa figura habita ou habitou a comarca pampeana “área que engloba trechos da Argentina, do Uruguai e do Brasil, onde há a homogeneidade de elementos naturais, étnicos, culturais que convergem em formas similares de criação artística.”8


O uso do verbo “habitar” no pretérito perfeito sugere que esse homem já não existe mais, questão já retomada por  Alejandro Losada que fala de  sua morte  e encara o Martín Fierro, escrito em 1872 pelo argentino José Hernandez, como a obra que demonstra o fim desse tipo socialmente localizável.


Porém não cabe aqui, indagar a existência do gaúcho real, o que só um estudo sociológico, demográfico e econômico poderia fazer. O que interessa é constatar que a literatura de Faraco e Arregui continua a tratar desse homem dos Pampas e do universo que o cerca, por meio de formas e conteúdos específicos, que negam a construção ideologizada desse estereótipo, tanto no Brasil como no Uruguai, por historiadores e literatos, que no “processo de construção de uma figura unificadora, passaram por cima das mais diversas clivagens de ordem social, econômica, étnica e cultural operando com a idéia da existência de uma homogeneidade, que se sobreporia a todas as diferenças e contradições internas, o que faz que estas figuras sejam politicamente plásticas podendo sofrer apropriações e utilizações as mais diversas.”9


A apropriação do “gaucho” e do “gaúcho”, no século XX, ocorre por volta dos anos 1900 a 1930, já que, por meio da literatura e da historiografia, tal figura tornou-se “emblemática”. No Brasil, surgiu toda uma literatura, com exceção da de Simões Lopes Netto e da de Alcides Maya, ligada à construção, segundo Mario Maestri, do gaúcho “hermafrodita”, pois ele foi ideologizado para possuir “os atributos não contraditórios do fazendeiro e do peão”10, a fim de criar o mito da democracia no campo, embora os estancieiros já tivessem perdido o domínio econômico no Rio Grande do Sul.


Além disso, tanto a historiografia de vertente lusa como a literatura operavam para criar uma identidade brasileira para o Sul do país negando as influências do Prata, visto que o objetivo era projetar a figura de Getúlio Vargas ao governo central. A meta, além de “abrasileirar” o Rio Grande do Sul, era “agauchar” o Brasil; afinal, havia a necessidade de convencer o país de que só um “gaúcho de cepa”, com toda a sua “coragem, lealdade e valentia” poderia governar o país. Surge, então, a figura “identitária do gaúcho”11 “para establilizar o mundo social”12

           

No Uruguai, também nos anos 1920, predomina, com a exceção da obra de Javier Vianna, que colocou seus textos a serviço do povo mais pobre, uma literatura a serviço dos estancieiros. São textos, como de Elias Regules, que se apossam da figura do “gaucho” dos primeiros tempos, atribuindo-lhe força, altivez, para criar uma identificação com ela, a fim de mascarar a realidade dos “gauchos” ou “paisanos gauchos” que viviam em taperas.


Porém, muitos dos contos de Faraco, escritos a partir dos anos 1970, (“Lá no Campo”, “Aventura na Sombra”, “Dois Guaxos”, “Manilha de espadas”, “Travessia”, “Noite de matar um homem”, “Guapear com frangos”, “A voz do coração”, “O vôo da garça pequena”, “Bugio Amarelo”, “Adeus aos passarinhos“, “Sesmarias do urutau mugidor”, “Hombre”, “Velhos”13 e  de Arregui, escritos a partir de 1960, (“Un cuento de fogón”14, “Contaba Don Cláudio”15, “El caballo piadoso”16, “Noche de San Juan”17, “El regresso de Odiseo González”18, “Los contrabandistas”19, “Tres hombres”20, “Un cuento con un pozo”21 “Diego Alonso”22, “Un cuento con insectos”23, “La escoba de la bruja”24, “Los ladrones”25) aproximam-se, na abordagem temática, da gauchesca de José Hernandéz que, com o Martín Fierro ,  já em 1872, deu feição ao homem pobre do campo, cuja voz ecoou não só no horizonte de outros “gauchos” e gaúchos, mas também no universo do leitor culto.


Nesse sentido, o público a que Faraco e Arregui visam atingir é o composto por aqueles que vivem a realidade atual das cidades de Fronteira, espaço onde muitos dos contos são ambientados, mas, sobretudo, o composto por leitores de conhecimento erudito.


E, embora muitos contos de Arregui (“El regresso de Odisseo González”, “Los contrabandistas”, “Tres Hombres”, “Un cuento con un pozo”, “La escoba de la bruja”) retomem o passado, em nenhum momento pretendem manejar o presente por meio de personagens caracterizados para servir a interesses dominantes. Quando coloca o “gaucho” do século XIX em cena, o escritor uruguaio visa desmistificá-lo, desconstruir a identificação do povo uruguaio com o “heroe-gaucho”, para trazer à tona os determinismos indesejáveis que cercaram e continuam cercando a vida desse homem “de carne e osso”.


Nesse contexto,  quando Arregui diz que não é um “criollista”, ele se remete a um tipo de literatura “campesina, campera ou rural” que prestou serviços a uma ideologia clara, cujos cantos ao gaúcho de antes e elegias à pobreza substituíam a crua realidade. Para Arregui, sua literatura até pode estar ligada à paisagem rural, mas o que não pode ocorrer é a ambientação estar diretamente associada a um homem do campo, ou “criollo”, descendente do “gaucho”, visto como herói positivo. Tudo isso ligado a poucos temas, com personagens humildes que aceitam seu “subdesenvolvimento” num tom de nostalgia, transmitida por um espanhol semi-dialetal, não compõem sua literatura.


Por esse viés, podemos concluir que Arregui nega esse tipo de “criollismo” o que equivaleria a um tipo de “regionalismo” também negado por Faraco, porque o gaúcho do escritor brasileiro é o “simples gaúcho”, num contexto onde as cercas predominam. É um guerreiro, no sentido de lutar contra os obstáculos de sua miséria física e moral. Mas é fiel à caracterização do passado, porque, como os gaúchos lendários, conserva a palavra empenhada ; é fiel ao passado porque é um contador de histórias.


Na literatura de Faraco e Arregui, não há a banalização da miséria. Haverá a lembrança  de que o gaúcho foi expulso do campo e, frente à vida nas cidades de fronteira, torna-se um contrabandista ou, como também demonstra o conto “Los ladrones” de Arregui, pode se tornar um “fora da lei” em busca de suas necessidades.  É um homem que não se adaptou à nova ordem da Industrialização, o que o jogou à “margem do rio”, cenário dos muitos contos fronteiriços de Faraco. A miséria, todavia, é cultural e, por isso, mutável, constatação que o leitor erudito lê nas entrelinhas das narrativas desses dois escritores.


A literatura desses dois autores, ao contrário dos regionalistas brasileiros e dos “criollistas” uruguaios dos anos 1920, não servirá a uma classe dominante, nem seus contos estarão condenados ao “beco” por localizarem sua ação numa região específica, a comarca pampeana.


O desafio desses escritores é “possibilitar que a condição de fronteira construa algo que tenha valor para ser compreendido/lido/apropriado por outros que não os próprios que a vivenciam; é “romper com o local/regional , para perder a territorialidade que foi o início da ancoragem do conceito de fronteiras e chegar a uma terceira dimensão”.26


Enfrentam, então, o problema de outros regionalistas: fazer, no caso, o “gaucho” e o gaúcho falar, “tornando verossímil a fala do outro de classe e de cultura para um público citadino e preconceituoso que, somente por meio da arte, poderá entender o diferente como eminentemente outro e, ao mesmo tempo, respeitá-lo com um mesmo: ‘homem humano’”27


E Arregui, ligado à geração de 45 do Uruguai, considerou autêntico não ceder a voz ao homem pobre do campo, embora cite inúmeros provérbios “gauchos” em seus contos, ao contrário de Faraco que interiorizou a voz do gaúcho, técnica que possivelmente buscou no Martín Fierro ou nas técnicas de João Simões Lopes Neto, escritor que deu voz ao velho Blau “numa fala recuperada e construída literariamente”28; além disso, Faraco dá voz a esse homem por meio do uso da linguagem híbrida, ou seja, da mistura do português com o espanhol; da estruturação sintática que se acomoda à fusão da fala do narrador com a do personagem. Ambos “tornarão audível a voz desse homem (...)ao leitor da cidade , de onde surge e para a qual se destina essa literatura”29.


Sergio Faraco e Mario Arregui são, portanto, escritores regionalistas num sentido amplo; são escritores universais, porque  “por menor que seja a região abordada, por mais provinciana que seja a vida nela, haverá grandeza, o espaço se alargará no mundo e no tempo finito na eternidade, porque o beco se transfigurará no belo e o belo se exprimirá no beco”30, o que demonstra que os seus contos que tratam desse homem fronteiriço não são e nem nunca serão mera ilustração dos conflitos regionais. 


Esses autores trabalham com uma intenção fundamentalmente artística, embora não deixem de contribuir ocasionalmente para propósitos políticos ou sociais reivindicatórios,31 no sentido de lutarem, por meio da letra, contra a exclusão trazida pela modernização. Enfim, os contos de Faraco e de Arregui que falam da região da fronteira entre Brasil – Uruguai –Argentina apresentam uma elevação estética que não requer ruptura nem anulação do gauchismo (e do regionalismo) mas transformação e abertura do que já foi adquirido.32 


Além disso, incorporam, em seus textos, a cor local, por meio da criação de uma linguagem peculiar, que resgata o modo de expressão regional e que estabelece um diálogo entre a tradição popular e a erudita, numa busca de identidade que transcende fronteiras, porque essa é pensada como “algo novo, algo que vai além”, o que significa “estabelecer um pensamento “sem fronteiras”33


Apesar de técnicas diferentes, a literatura de Faraco e Arregui evidencia que a integração entre o homem “do lado de cá” e o “do lado de lá” existe e se manifesta em forma de uma cultura comum aos dois lados. Evidencia que trechos do Brasil, Uruguai e Argentina34 são “irmanados”.


Mas a figura que habitou “a comarca pampeana” e muito acrescentou à cultura rio-grandense, uruguaia e argentina, longe de ser um herói é um pobre homem e um homem pobre. Assim, o “gaucho” e o gaúcho, como evidencia a literatura desses dois escritores, ainda existem sob uma nova capa, sob novas formas de realidade, a serem desvendadas pela letra, “que transcende as fronteiras nacionais e as barreiras lingüísticas”35.




Notas

  1. Excerto de minha tese de Doutorado (“À Sombra de Martín Fierro: Sergio Faraco e Mario Arregui”), apresentada ao programa de Pós-graduação em Teoria Literária e Literatura Comparada da FFLCH, USP, 194 pp. , sob orientação da Profª Drª Ligia Chiappini Moraes Leite e co-orientaçao da Profª Drª Sandra Margarida Nitrini, em 02.07.07.
  2. As obras originais de Arregui praticamente não existem no Brasil. Só foi possível adquiri-las por meio da comunicação com livrarias em Montevidéu que me enviaram alguns de seus livros. Outros foram adquiridos na biblioteca Ibero-Americana de Berlim, na ocasião de meu estágio na Alemanha, por uma bolsa fornecida pelo programa Probral, Capes-DAAD, que financia o projeto internacional, interinstitucional e interdisciplinar “Fronteiras Culturais e Cultura Fronteiriça na Comarca Pampeana: obras exemplares” do qual esta tese é parte integrante.
    Embora as obras de Faraco sejam de mais fácil aquisição por meio dos sebos localizados em Porto Alegre, ainda houve dificuldades, superadas pela gentileza do próprio Faraco que me presenteou com alguns de seus livros cuja publicação há muito já estava esgotada. Fiquei impressionada ao perceber que obras de escritores de países vizinhos ao nosso circulam pouco em nosso país, apesar de a cultura e História do Brasil, Uruguai e Argentina assemelharem-se em diversos aspectos. No entanto, na Europa, na ‘magnífica’ biblioteca Ibero-Americana, localizei até mesmo obras de Faraco esgotadas e não encontradas nas bibliotecas da USP, no Memorial da América Latina, nem mesmo nas bibliotecas da PUCRS ou UFRGS.
  3. ARREGUI, Mario e FARACO, Sergio. Correspondência.   Uruguay: Monte Sexto, 1990. p. 2.
  4. PESAVENTO, Sandra Jatahy. “Além das fronteiras”. In: MARTINS, Maria Helena (org.)  Fronteiras Culturais. Brasil- Uruguai- Argentina. São Paulo: Ateliê Editorial, 2002. p. 36.
  5. Idem, ibidem, p. 36.
  6. Idem, ibidem, p. 37.
  7. Idem ibidem, p. 37.
  8. Ángel Rama. “Apresentação” In: Aguiar, Flávio & Vasconcelos, Sandra Guardini T. (orgs). Ángel Rama: Literatura e Cultura na América Latina. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001, p. 13.
  9. MACIEL, Maria Eunice de Souza. “Considerações sobre gaúchos e colonos”. In: In: Diversidade étnica e identidade gaúcha. BAQUERO, Marcello et alli. Santa Cruz do Sul: Editora Unisc, 1994, p. 31.
  10. MAESTRI, Mario. “O negro e o imaginário étnico gaúcho”. In: Vários autores. Diversidade étnica e identidade gaúcha. Santa Cruz do Sul: Editora da UNISC, 1994, p.  135.
  11. PESAVENTO, Sandra Jatahy. “José Lins do Rego e Cyro Martins sob o olhar da história.” In: MARTINS, Maria Helena (org.). Cyro Martins 90 anos. Porto Alegre: CELPCyro Martins: IEL: CORAG, 1999. p. 61.
  12. HALL, Stuart. A identidade cultural na pós modernidade. Tradução Tomaz Tadeu da Silva, Guaracira Lopes Louro. Rio de Janeiro: DP&A, 4. ed., 2000. p. 7.
  13. Todos esses contos podem ser encontrados na primeira parte do livro Contos Completos de Sérgio Faraco (2. ed. Porto Alegre: L&PM, 2004).
  14. ARREGUI, Mario. “Un cuento de fogón”. In: ___. Contos Completos (Tomo I). Montevideo: Arca, 1992.
  15. ARREGUI, Mario. “Contaba don Claudio”. In: ___. El narrador. Montevideo: Arca, 1986.
  16. ARREGUI, Mario. “El caballo piadoso”. In: ____. Ramos Generales.  Montevideo: Arca, 1985
  17. ARREGUI, Mario. “Noche de San Juan”. In: ____. Cuentos Completos (Tomo I). Montevideo: Arca, 1992.
  18. ARREGUI, Mario. “El regresso de Odiseo González”. In: ____. El narrador. Montevideo: Arca, 1972.
  19. ARREGUI, Mario. “Los Contrabandistas”. In: ____. Cuentos Completos (Tomo I). Montevideo: Arca, 1992.
  20. ARREGUI, Mario. “Tres Hombres”. In: ____. Cuentos Completos (Tomo I). Montevideo: Arca, 1992.
  21. ARREGUI, Mario. “Un cuento con un pozo”. In:____. El Narrador. Montevideo: Arca. 1972.
  22. ARREGUI, Mario. “Diego Alonso”. In: ____. Cuentos Completos (Tomo I). Montevideo: Arca, 1992.
  23. ARREGUI, Mario. “Un cuento con insectos”. In: ____. Cuentos Completos (Tomo II). Montevideo: Arca, 1992.
  24. ARREGUI, Mario. “La escoba de la bruja”. In: ____. Cuentos Completos (Tomo II). Montevideo: Arca, 1992.
  25. ARREGUI, Mario. “Los ladrones”. In: ____. Cuentos Completos (Tomo II). Montevideo: Arca, 1992.
  26. PESAVENTO, Sandra Jatahy. “Além das fronteiras”. In: MARTINS, Maria Helena (org.)  Fronteiras Culturais. Brasil- Uruguai- Argentina. São Paulo: Atleliê Ediotrial, 2002. p. 38.
  27. Cf. Pablo Rocca (Op. Cit.  p. 157).
  28. AGUIAR, Flávio. “Cultura de Contrabando: estudo sobre os contos de Simões Lopes Neto.” In: Revista Vozes Cultura, ano 86 – Volume 89 – nº 6, Novembro/Dezembro 1992. p. 13.
  29. CHIAPPINI, Ligia. "Do Beco ao Belo: dez teses sobre regionalismo na literatura" "Região, sertão, nação" In: Estudos Históricos: história e região" Rio de  Janeiro: vol. 8, n. 15, 1995. p.156.
  30. CHIAPPINI, Ligia. Idem, ibidem. p.157.
  31. Cf. Ángel Rama. “Os processos de transculturação na narrativa Latino Americana.” In: Aguiar, Flávio & Vasconcelos, Sandra Guardini T. (orgs). Ángel Rama: Literatura e Cultura na América Latina. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001, p. 236.
  32. Cf. Ángel Rama. “Meio Século de Narrativa Latino-Americana (1922-1972). In: Aguiar, Flávio & Vasconcelos, Sandra Guardini T. (orgs). Ángel Rama: Literatura e Cultura na América Latina. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001,  p.200.
  33. PESAVENTO, Sandra Jatahy. “Além das fronteiras”. Op. Cit. p. 38.
  34. Também na Argentina, Juan José Saer, um escritor de vanguarda, retomou, por meio de um enredo e de técnicas também específicas, a figura do “gaucho”.
  35. SCHLEE,  Aldyr Garcia. “Integração Cultural Regional”. In: In: MARTINS, Maria Helena (org.)  Fronteiras Culturais. Brasil- Uruguai- Argentina. São Paulo: Atleliê Ediotrial, 2002. p. 63.

*Eoná Moro Ribeiro - Doutora pela Universidade de São Paulo, na área de Teoria Literária e Literatura Comparada, sob orientação da Profª Drª Ligia Chiappini Moraes Leite. Título da tese de doutorado: À sombra de "Martín Fierro: Sergio Faraco e Mario Arregui. Desde o mestrado, desenvolve pesquisas atreladas à literatura produzida por autores do Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina. Título da dissertação de mestrado: História e Literatura em "O Continente", de Erico Verissimo.