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51º Congreso Internacional de Americanistas | Imprimir |  E-mail

Repensando las Américas en los umbrales del siglo XXI
SANTIAGO, CHILE, 14 - 18 julho 2003


SIMPÓSIO ALL6 –
Literatura e cultura: teoria y practica no Brasil e na America

COORDENADORAS
Luiza Lobo - Ligia Chiappini - Maria Angélica Lopes



PARTICIPANTES:

ALBERT VON BRUNN - Biblioteca Central de Zurich, Suíça
brunn@zb.unizh.ch

TÍTULO: Torre de Babel: os ecos de Franz Kafka em Jorge L. Borges e Murilo Rubião

RESUMO: A América Latina e o Brasil em particular são os espaços em branco na recepção de Franz Kafka: no Kafka-Handbuch de Hartmut Binder (1979) não aparece nenhuma referência ao Brasil, mas – felizmente – na Argentina há Borges. Bem sabemos que as traduções do próprio Borges , nomeadamente La metamorfosis (1938) abriram um espaço para o autor tcheco de língua alemã. No entanto, muito pouco se sabe sobre os ecos deste modelo literário. Enfocarei um caso específico, a história de um conto kafkiano traduzido por Jorge Luis Borges sob o título El escudo de la ciudad e a sua influência num conto do escritor mineiro Murilo Rubião, O Edifício. Por trás desta migração literária - da Praga dos anos vinte, passando pela Buenos Aires dos anos trinta até chegar à capital mineira dos anos da Segunda Guerra Mundial - há um motivo bíblico, a Torre de Babel, cifra de uma modernidade periférica e desumana.

CURRÍCULO: Completou estudos de filologia românica em Basel, na Suíça, Zaragoza, Lisboa e Coimbra. Tese de doutoramento sobre os Empréstimos árabes na língua catalã (1982). É administrador do Acervo Português e Brasileiro da Biblioteca Central de Zurique. Tem três livros publicados (em alemão) sobre Moacyr Scliar, Antônio Callado e uma miscelânea; é colaborador permanente das revista Orientierung da Companhia de Jesus e Notas (Frankfurt). Tem uma edição crítica dos contos de Murilo Rubião, que está no prelo.


ÂNGELA MARIA DIAS – Universidade Federal Fluminense, Brasil
angelamdias@terra.com.br

TÍTULO: A tragédia urbana em Nelson Rodrigues e Roberto Arlt

RESUMO: A noção de cidade como forma de organização do pensamento sobre cultura e espaço imaginário de invenção e ocupação literária, sobretudo a partir dos anos 20, no Brasil e na Argentina. A tragédia urbana nas narrativas de Roberto Arlt e Nelson Rodrigues. O horizonte atual do latino-americanismo face ao processamento da “heterogeneidade radical da herança” cultural como trabalho de tradução constitutivo das identidades nacionais.

CURRÍCULO: Doutora em Letras pela UFRJ, Profª do Instituto de Letras e da Coordenação de Pós-Graduação em Letras da UFF, pesquisadora do CNPq na CIEC (Coordenação Interdisciplinar de Estudos Culturais) da ECO (Escola de Comunicação ) da UFRJ. Ensaísta e crítica literária. Coordenou e organizou A Missão e o Grande Show: Políticas culturais no Brasil dos Anos 60 e depois.


CARLOS MACIEL - Universidade de Nantes, França
carlos.maciel@unice.fr

TÍTULO: “Negrinha” , de Monteiro Lobato.

RESUMO: “Negrinha” supõe enfoques vários: temos a personagem, o conto e, finalmente, o livro de contos publicado por Monteiro Lobato. Para o estudo da obra, foram criadas duas bases de dados: a primeira corresponde ao conjunto dos 22 contos que constituem a obra “Negrinha”, onde se descreve uma sociedade que, ainda recentemente escravocrata, entrava num novo processo de urbanização acelerada, marcado pela indústria e pela imigração, particularmente italiana. A segunda base de dados compreende um conjunto de 17 obras da literatura brasileira da mesma época. Graças à aplicação de modelos matemáticos, algumas constantes surgem, caracterizando a época.

CURRÍCULO: Professor catedrático de língua portuguesa e literaturas na Universidade de Nantes e pesquisador vinculado ao laboratório “Bases, Corpus et Langage”, do CNRS (Instituto de Linguística Francesa). Criou a base de dados textuais PORTEXT e, além de estudos vários, em francês, português e espanhol, é autor de um cd-rom de literatura brasileira.


DANIEL NEMRAVA – Universidade de Palacký, República Tcheca
dnemrava@hotmail.com

TÍTULO: A malandragem e o mito em Jorge Amado e Gabriel García Márquez

RESUMO: O objetivo do nosso trabalho será uma breve comparação dum dos temas mais importantes na obra dos autores em causa: a morte. Este tema será interpretado desde e perspectiva carnavelesca, isto é, o simbolismo da morte no nível da carnavalização. Por meio desta interpretação tentaremos acrescentar a dimensão cósmica (mítica) à morte persistente na obra dos nossos autores. Para esta análise escolhemos duas obras: a novela “A morte e a morte de Quincas Berro D’água”, de Amado e um conto “Los funerales de la Mamá Grande”, de García Márquez. Para aproximarnos melhor aos significados dos fenómenos propostos, nitidamente presentes na obra, consideramos importante abordar a problemática ao nível teórico apoiando-nos em trabalhos de alguns autores importantes: entre outros Vilém Flusser, filósofo brasileiro de origem checa, que no seu livro Fenomenologia do brasileiro tenta analisar os aspectos da vida e do pensamento da sociedade brasileira e sobretudo Mikhail Bakhtin com o seu estudo da cultura popular e carnavalesca na Idade Média e no Renascimento.

MESA-REDONDA da Pontifícia Universidade Católica / RJ

TÍTULO DA MESA-REDONDA: MULHER, IDENTIDADE E RESISTÊNCIA: CONFLUÊNCIAS CULTURAIS ENTRE O BRASIL E OS ESTADOS UNIDOS


DENISE PINI ROSALEM DA FONSECA - Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro, Brasil
denise@anonimoslatinos.org - http://www.anonimoslatinos.org

TÍTULO: Oxum: O arquétipo feminino de resistência nas obras de Ildefonso Laura César e Alice Dumbar-Nelson

RESUMO: Comparative studies of Yoruban cultural continuities, in Bahia and Louisiana, through the myth of Oxum —a feminine archetype, which survived in both regions. The myth and its iconographic representations are interpreted based on the writings and life stories of two Nineteenth Century women writers: Ildefonsa Laura César (Bahia) and Alice Dunbar-Nelson (Louisiana). This work highlights similarities and differences between the cultural encounters experienced in Brazil and in the United States, during the construction of their national identities.

CURRÍCULO: Expertise area: History, Cultural Anthropology, editing and literary writing. Doutora em História pela Universidade de São Paulo, com mestrado em Latin American Studies pela University of Houston e arquiteta pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É professora do doutorado em Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, na área de “Meio Ambiente, Estudos Culturais e Desenvolvimento Sustentável”. Seu trabalho inclui pesquisas sobre formas de resistência social e antropologia cultural realizadas na Jamaica, Cuba, Bahia, Equador e Louisiana. Como escritora, ela utiliza a meta-ficção historiográfica, a partir dos resultados de projetos de antropologia cultural desenvolvidos junto às comunidades e de pesquisas acadêmicas do campo da História. Publicou Secretos de Alacena, em 1998; De la Cocina de... Manabí e Esencia cuencana, em 1999. Acaba de escrever a novela gráfica bilíngüe Zoila & Josephina: uma correspondência histórica em vias de publicação. Diretora do website Anonim@s Latin@s, ela é editora da revista virtual bimestral LActitud e diretora da editora Historia y Vida. Está escrevendo o livro Notícias de outros mundos. Lendas, imagens e outros segredos das deusas nagô em colaboração com Tereza Marques de Oliveira Lima.


GERHILD REISNER - Universidade de Salzburg, Áustria
gerhild.reisner@sbg.ac.at

TÍTULO: Música e escritura na obra da Clarice Lispector e Ingeborg Bachmann

RESUMO: Esta pesquisa comparativa tenta a situar a escritura de Clarice Lispector e da autora austríaca Ingeborg Bachmann entre a palavra e o silêncio, entre o que diz e o que está implícito em seu dizer. A correlação entre a música e escritura vai ser investigada a partir dos romances Água Viva de Clarice Lispector e Malina de Ingeborg Bachmann. A música muitas vezes preenche o espaço do indizível e perpassa a linguagem dessas autoras. É como uma vibração que se percebe como a de um som, que se ouvisse com as mãos. Ingeborg Bachmann integrou o motivo do Pierrot lunaire de Arnold Schönberg no seu romance Malina que oscila entre o fluxo sensual e espontâneo do subconsciente e a construção formal da linguagem. Clarice Lispector cria em Água Viva uma paisagem de sons e de sonhos, música e fotografia, como tentativa semiótica de se exprimir a si mesma. Parece que a escritura deseja ser música. Transfigura-se a realidade em ficção, em dissonâncias harmoniosas.

CURRÍCULO: Doutora em Letras e Músicologia e mestre em Música e Filologia Inglesa. É professora de Literatura, Cultura e Língua Portuguesa-Brasileira na Universidade de Salzburg. Publicou ensaios na Áustria, Alemanha e no exterior sobre Literatura Brasileira e, em especial, literatura de autoria feminina. Como musicóloga se especializou na música contemporânea e na música popular brasileira.


LIGIA CHIAPPINI – Freie Universität Berlin - Alemanha
lchiappi@zedat.fu-berlin.de

TÍTULO: Fronteiras Nacionais/Fronteiras Culturais: reflexão sobre os fundamentos de um projeto de pesquisa.

RESUMO: O texto convida a refletir sobre o conceito de fronteiras, tão utilizado hoje em dia em diferentes áreas das ciências humanas e base do projeto de pesquisa, que desenvolvo na Universidade Livre de Berlim, sobre “Fronteiras culturais na comarca pampeana: obras exemplares”. Isso implica pensar a fronteira dos pontos de vista geopolítico e cultural, o que, por sua vez, traz o tema da Nação e das Literaturas Nacionais numa sociedade considerada pós-nacional, porque globalizada. A situação fronteiriça das obras, dos autores, das personagens, dos cenários e dos próprios gêneros literários do corpus que temos em vista, poderá talvez trazer novos elementos para essa discussão.

CURRÍCULO: Profa. Dra. de Literatura e Cultura Brasileira no Instituto Latinoamericano da Universidade Livre de Berlin. Prêmio Casa de Las Américas/ensaio/1983. Tem vários livros publicados e muitos ensaios em livros coletivos e revistas especializadas. Orientou mais de 40 mestrados e doutorados em Teoria Literária e Literatura Comparada e em Literatura Brasileira, na USP e na FU-Berli. Últimas publicações: Brasil, País do Passado? (org. com Antonio Dimas e Berthold Zilly), Boitempo/Edusp,São Paulo, 2000; Érico Veríssimo: o romance da história (org. com Sandra Jatahy Pesavento, Jacques Leenhardt e Flávio Aguiar, Ed. Nova Alexandria, São Paulo, 2001;” Martín Fierro e a cultura gaúcha no Brasil”, in: Hernández, José. Martín Fierro, edición crítica org. por Élida Lois y Ángel Núñez, Col. Archivos, Buenos Aires, 2001.

LINKS RELACIONADOS:
Projeto Fronteiras Culturais (Brasil – Uruguai – Argentina)
Fronteiras Culturais em Livramento e Rivera


LIGIA VASSALLO - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil
fgrinberg@openlink.com.br

TÍTULO: Recepção e tradução na américa hispânica

RESUMO: Tendo em vista que um congresso de estudos americanos é um excelente espaço para promover a integração cultural entre os diferentes países, idiomas e culturas das Américas, e considerando-se que a literatura hispano-americana é muito bem acolhida no Brasil, não só do ponto de vista editorial, quanto da crítica e do leitor, pretende-se apresentar, neste encontro, um estudo da recepção da literatura brasileira na América hispânica, tomando por base a análise dos recentes catálogos de títulos publicados em editoras hispano-americanas de vários países.

CURRÍCULO: Professora de Literatura Comparada e Literatura Francesa na UFRJ, desde 1971, e de Literatura Brasileira nas Universidades de Paris III-Sorbonne, França (1976-1980; 1990-1992), e Los Andes de Mérida, Venezuela (1998, 2001). Licenciada em Letras Clássicas (PUC-RJ,1965), Mestre em Literatura Brasileira (UFRJ, 1973), Doutora em Teoria Literária (UFRJ, 1988). Tradutora de Francês, pesquisadora, autora de ensaios. Livro XXX.


LUIZA LOBO – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil
luizalobo@uol.com.br

TÍTULO: Vozes femininas/feministas da América Latina: tradição, cânone e ruptura da identidade

RESUMO: Esboço de um corpus de literatura feminina/feminista que poderia tipificar a produção na América Latina visando a redefinir tradição e cânone, ruptura da identidade, exclusão e pós-modernidade, visando a caracterizar uma literatura autônoma e com preocupações bem definidas no continente por parte de suas escritoras. Suas obras serão reunidas em grupos cronológicos, de gênero e de estilo desde as primeiras décadas do século XX até a de 1970. Com este fim, serão examinadas obras de Cecília Meireles, Gabriela Mistral, Juana de Ibarbourou, Alfonsina Storni, Alejandra Pizarnik e Ana Cristina César.

CURRÍCULO: Luiza Lobo é professora de graduação e de pós-graduação da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem Doutorado em Literatura Comparada pela Universidade de Carolina do Sul, EUA. Realizou duas pesquisas de pós-doutoramento, na Universidade de Nova York, com a professora Anna Balakian, e na Universidade Livre de Berlim. Enquanto Pesquisadora 1 do CNPq, coordena o Projeto Integrado da Faculdade de Letras da UFRJ Literatura e Cultura (http://www.letras.ufrj.br/litcult). Tem onze livros publicados, de contos e de ensaios, além de dezenas de artigos publicados no Brasil e no exterior. Os mais recentes foram Estranha aparição (2000), contos, e Crítica sem juizo (1993), ensaios. Participou de inúmeros colóquios no Brasil e no exterior. Em 2003 será republicado seu livro Épica e modernidade em Sousândrade e O enigmático Sousândrade (coletânea de ensaios), pela Fundação Cultural Sousândrade, de São Luís do Maranhão. Esteve na Universidade de Oxford em 2000, como Pesquisadora visitante Senior, no Centro de Estudos Brasileiros, e na Universidade de Nantes, em 2001.


MÁRCIA CAVENDISH WANDERLEY – Universidade Federal Fluminense, Brasil
marciacw@centroin.com.br

TÍTULO: Vozes femininas na poesia americana e brasileira: o espaço da angústia

RESUMO: Estudo sobre Sylvia Plath, Anne Sexton e Ana Cristina César. Uma estranha cumplicidde reúne estas escritoras, distantes no espaço mas próximas no tempo. Foram poetas, belas e também suicidas. São paradigmas fiéis da angústia que assolava as mulheres submetidas a tantas transformações sociais nos anos 50 e 60, nos EUA e no Brasil. Percorreram uma trilha autodestrutiva, que culminou num desenlace trágico, traduzido em discurso poético por todas. Tentaremos comparar suas poéticas em seus fios e lâminas, marcadas mais pelo fel do que pelo mel.

CURRÍCULO: Márcia Cavendish Wanderley é pernambucana, mas reside no Rio de Janeiro desde 1976. Publicou A voz embargada: imagens de mulher em romances brasileiros e ingleses do século XIX( EDUSP), entre outros títulos. É professora Adjunta do Depto. de Sociologia da UFF, encarregada da disciplina Sociologia da Literatura, e integrante da Pós-graduação em Sociologia e Direito do mesmo Departamento. Vem publicando regularmente resenhas no Suplemento Literário “Idéias”, do Jornal do Brasil, assim como artigos para a Revista Continente , entre outras.


MARIA ANGELICA LOPES – University of Columbia, EUA
lopesA@gwm.sc.edu

TÍTULO: A autobiografia do malandro

RESUMO: Este ensaio propõe uma comparacao entre dois romances de literaturas, terras e eras diferentes, Memórias póstumas de Brás Cubas, 1881, e Confissões de Felix Krull, 1955 (póstumo). Ambos os narradores autodiegeticos escrevem com a “pena da galhofa” e se vangloriam das vantagesn auferidas por sua esperteza e boa estrela. Contudo, sao malandros intelectuais, que examinam suas acoes e julgam a sociedade a seu redor. Nem picaros, nem revolucionarios, Brás e Felix se orgulham da posicao social burguesa. O ensaio pora ambos os narradores ficticios em confronto com Benjamin Franklin, narrador real e historico, a escrever sem tintas sombrias, em estilo agradavel (mais “de roupa de casa que de salao”) mas que ao contrario dos protagonistas brasileiro e alemao, reconhece ser um grande homem. Devido a Thomas Mann ser filho de fluminense contemporanea do fluminense Machado de Assis e devido a merecida preponderancia literaria do maior escritor da America Latina, no seculo XIX, interessa-me tambem examinar possivel influencia direta. Outrossim, o trabalho tambem enfocara a heranca europeia do sub-genero (Lesage, Sterne, Diderot e Voltaire).

CURRÍCULO: Nasceu em Belo Horizonte, M.G. Leciona Portugues, Espanhol e Literatura Comparada na U.S. Carolina, em Columbia. E doutora em Portugues pela U. Wisconsin e encarregada da secao de contos brasileiros do Handbook of Latin American Studies, a bibliografia da Biblioteca do Congresso dos EUA. De Carmen Dolores editou Gradacoes (Rio: Presenca/INL, 1989) e A Luta (Florianópolis: Mulheres, 2001). É autora de A coreografia do desejo, Cem anos de Literatura Brasileira (S. Paulo: Ateliê Editorial, 2001).


MARIA HELENA MARTINS
Universidade Federal do Rio Grande do Sul/ CELP Cyro Martins, Brasil
mhmartins@webcable.com.br

TÍTULO: A investigação empírica no Projeto Fronteiras Culturais (Brasil – Uruguai – Argentina)

RESUMO: Reflexão sobre esse tipo de pesquisa e seus desafios, considerando que sua metodologia – eminentemente qualitativa – requer um constructo de técnicas de trabalho de campo, para abordagem e interpretação, que harmonize procedimentos e normas estabelecidos e a circunstância de sua realização (“o material empírico da América Latina nos obriga a fazer ajustes e a
reinventar as teorias importadas”). Essa escolha se deve ao propósito de identificar, examinar e fomentar fenômenos sócio-culturais fronteiriços( desde idioma, costumes à memória e imaginário), a partir de um elemento desencadeante, no caso, os contos de Campo fora/Campo afuera, de Cyro Martins, com vistas à obtenção de dados relevantes para descrever e/ou explicar tais fenômenos, envolvendo o estudo de caso, a observação participante, a pesquisa-ação, necessitando intensa participação da comunidade no processo.

CURRÍCULO: Criadora, em 1997, e desde então Diretora-presidente do Centro de Estudos de Literatura e Psicanálise 'Cyro Martins', onde trabalha com a obra desse autor, elabora e coordena projetos como o Fronteiras Culturais (Brasil – Uruguai – Argentina). Doutora em Teoria Literária e Literatura Comparada pela FFLCH/USP. Docente e coordenadora de projetos na UFRGS e USP, na área de Letras (1973-91). Docente e palestrante em cursos de universidades brasileiras, Congressos e Seminários. Consultora no Itaú Cultural. Principais livros: Agonia do heroísmo: contexto e trajetória de 'Antônio Chimango', 1980. O que é leitura,1982. Crônica de uma utopia: leitura e literatura infantil em trânsito, l989. Questões de linguagem.Org. e co-autor.,1997. Cyro Martins 90 Anos. Org e coautoria,1999; Rumos da Crítica, org., 2000; Outras leituras, org., 2000. Fronteiras Culturais (Brasil – Uruguai – Argentina). Org. e coautoria, 2002.


Links Relacionados:
Projeto Fronteiras Culturais (Brasil – Uruguai – Argentina)
Fronteiras Culturais em Livramento e Rivera


MARIA ZILDA FERREIRA CURY - Universidade Federal de Minas Gerais
mariazildacury@terra.com.br

TÍTULO: O estrangeiro que me habita: imigrantes na literatura contemporânea

RESUMO: As Américas, continente “descoberto” pelo olhar europeu, sempre atraíram levas de imigrantes que trazem consigo a necessidade de registro sobre a nova terra. A mistura de culturas e as “mestiçagens” que resultam da imigração perturbam nossos arâmetros tradicionais de cultura própria, de nação inteiriça. O imigrante coloca-nos diante da “estrangeiridade” que é dele, inerente à sua identidade, mas que é também a nossa já que a busca de uma identidade para ele não pode se dar senão em confronto com a busca da nossa própria, daquilo que nos constitui enquanto comunidade. Refletir sobre a figura contraditória do imigrante na série literária brasileira contemporânea é o objetivo deste trabalho.

CURRÍCULO: Professora Titular de Teoria da Literatura (UFMG). Doutora em Literatura Brasileira (USP). Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Letras-Estudos Literários. Principais livros: Um mulato no reino de Jambon: as classes sociais na obra de Lima Barreto (1981); Horizontes modernistas: o jovem Drummond e seu grupo em papel jornal (1998); Textos sobre textos (em parceria) (1998); Palavra e imagem (em parc.) (2000); Tipos de textos, modos de leitura (em parceria) (2001).


ROMILDA MOCHIUTI – Universidade de Campinas, Brasil
romilly2@yahoo.com - romilly@usp.br

TÍTULO: La Ciudad y la Provincia: Lo Tradicional en Choque con Lo Moderno

RESUMO: La representación de la ciudad en la narrativa rioplatense, asociada a una imagen negativa de perversión, pérdida de identidad, en fin de lo que Benedetti caracteriza como “falluto”, enfatiza la realidad periférica, es decir, de marginalización del ciudadano tanto en el medio urbano como en la provincia. Sin embargo este caráter negativo, su fascínio, ligado a una imagen, muchas veces onírica, una vez que se asocia a una aparencia de modernidad inacesible, sigue actuando en algunos personajes. Basados en estos presupuestos narrativos, proponemos una lectura contrastiva de los cuentos “Mazariego”, del argentino Héctor Tizón, y “Aquí se respira bien”, del uruguayo Mario Benedetti.

CURRÍCULO: Tem 30 anos. É Mestre em Língua espanhola e Literaturas Espanhola e Hispano-Americana - FFLCH – USP. Professora de Língua Espanhola da UNICAMP. Tem artigos publicados: “O escrito, o narrado e a leitura. As formas veladas do poder de expressão e omissão no conto El hechizado de Francisco Ayala”, Anuário Brasileiro de Estudos Hispánicos, IX, p. 101-116; ”¡Che! ¿Quién sos vos? El Voseo en Algunas Regiones de Hispanoamérica”, II Jornada de Estudios Hispánicos, em 12 de setembro de 1999.

MESA-REDONDA da Pontifícia Universidade Católica / RJ

TÍTULO DA MESA-REDONDA: MULHER, IDENTIDADE E RESISTÊNCIA: CONFLUÊNCIAS CULTURAIS ENTRE O BRASIL E OS ESTADOS UNIDOS


RHONDA M. COLLIER – Universidade de Lipscomb, EUA
rhonda.collier@lipscomb.edu

TÍTULO: A mãe preta como poeta: a poesia contemporânea das afro-brasileiras e afro-americanas


SANDRA JATAHY PESAVENTO
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil
sandrajp@terra.com.br

TÍTULO: Da materialidade às sensibilidades: diálogos de Érico Veríssimo com Gilberto Freyre sobre o sobrado

RESUMO: O trabalho pretende analisar como ambos os autores trabalham o sobrado, espaço construído - como uma materialidade portadora do social e das sensibilidades de uma época. Partimos da ídéia de Riour XXX de que a arquitetura está para o espaço assim como o texto está para o tempo: compõe uma intriga, dá-se a ler, atua como metáfora e, no caso em pauta, dá-se a ler, possibilitando um cruzamento ente o texto sociológico/histórico e o literário.

CURRÍCULO: Professora Titular de História do Brasil no Departamento e Pós-Graduação em História da UFRGS, Brasil. Doutora em História, Pesquisadora 1A do CNPq, Coordenadora do Grupo Internacional Clíope (História e Literatura), Coordenadora do Grupo de Pesquisa CNPq “Cidade e Cultura”, Cordenadora do acordo CAPES/COFECUB “Narrativas e imagens: redescobertas do Brasil”, com a EHESS, de Paris, Coordenadora do grupo de Trabalho Nacional “História Cultural “Publicações recentes: Uma outra cidade: o mundo dos excluídosno inal do século XIX (São Paulo: Editora Nacional, 2002, Érico Veríssimo, o romance da História, com Jacques Leenhardt, Lígia Chiappini, Flavio Aguiar e Antonio Candido (São Paulo: Nova Alexandria, 2001, O imaginário da cidade: representações literárias do urbano (Porto Alegre: Editora da Universidade, 1999).


ULRICH FLEISCHMANN – Universidade Livre de Berlim
uflei@zedat.fu-berlin.de

TÍTULO: Brasil e caribe: espaços reais e simbólicos como fundamento de identidade e comportamento social

RESUMO: O Brasil e o Caribe possuem uma história semelhante como colônias atlânticas cunhadas pelo comércio de escravos e da cultura da cana de açúcar. Suas histórias tardias tomaram, portanto, rumos bastante diversos: por um lado o grande estado teritorial latino-americano com um grande potencial comercial orientado ao próprio continente; e por outro um espaço fragmentado de pequenos estados, que, como locais de monocultura e indústria turística, mantêm suas velhas e novas relações atlânticas. Através da comparação de textos populares e literários mostrar-se-á como percepções espaciais diferentes e seus e seus conceitos de identidade e visões de futuro correspondentes manifestam-se também na cultura quotidiana.

CURRÍCULO: Professor do Instituto de Estudos latino-americanos da Universidade Livre de Berlim,. Formação em Romanística, sociolooogia e Etnologia em Paris e Munique. Fez sua tese de doutorado em 1967 sobre “Ideologia e realidade na literatura do Haiti”. Defendeu tese de Livre-docência em Romanística e em Estudos Culturais em 1980 na Universidade Livre de Berlim sobre “ O franc~Es Crioulo no Caribe. Sobre a função da língua no espaço geográfico e social.”


VALERIA DE MARCO – Universidade de São Paulo, Brasil
valmarco@usp.br - ffinardi@usp.br

TÍTULO: Literatura de testemunho: representação da barbárie

RESUMO: O trabalho analisa as duas concepções de literatura de testemunho que hoje se desenvolvem paralelamente e não dialogam. Uma delas orienta a crítica sobre a produção literária hispano-americana dos últimos quarenta anos que edita a voz dos “oprimidos”. Esta circula especialmente no espaço universitário norte-americano e suas áreas de influência. A outra concepção situa-se no âmbito de estudos da “shoah”, parte do pressuposto de que o século XX caracteriza-se como a “era da catástrofe” e entende ser a literatura de testemunho aquela produção literária vinculada a contextos sociais marcados pelo extermínio como forma de violência do Estado. Esta perspectiva, problematizando a cadeia língua-pátria-tradição literária nacional, tão consagrada na historiografia, permite examinar a literatura que resgata os porões das recentes ditaduras latino-americanas no mapa da barbárie do século XX.

CURRÍCULO: Professora Livre-docente do curso de Língua e Literaturas Espanhola e Hispano-americana do Departamento de Letras Modernas da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo(Brasil). Autora dos livros: O império da cortesã. Lucíola um perfil de Alencar (1986) e A perda das ilusões. O romance histórico de José de Alencar.(1993). Título da tese de livre-docência: “O ângulo doméstico no romance espanhol da Era Franco”.


VERA CHALMERS – Universidade de Campinas, Brasil
verachalmers@uol.com.br

TÍTULO: O país da cocanha

RESUMO: A comunicação procura estudar a representação da imigração italiana na literatura das primeiras décadas do século vinte. Antonio de Alcântara Machado e Alexandre Marcondes Machado estilizam o macarrônico ítalo-paulista falado nas ruas; em contraposição ao dialeto vêneto riograndense de Aquiles Bernardi. "Brás, Bexiga e Barra Funda" e "A Divina Increnca" exprimem a visão da elite paulistana sobre a imigração; já o "Nanetto Pipetta" adere à perspectiva do colono sobre o país de imigração. A "Vita e Storia de Nanetto Pipetta" narra as peripécias do imigrante "nassuo in Italia e vegnudo in Merica per catare la cucagna", de forma cômica. O livro escrito na década de 1920 foi lido nos serões do interior do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Há uma continuação dos episódios na "Storia de Nino" na linguagem da colônia italiana da década de cinquenta. As ilustrações são obra de outros dois frades: Frei Gentil de Caravaggio e Frei Oswaldo.

CURRÍCULO: Livre-Docente em Teoria Literária. Publicou o livro Telefonema, Obras Completas de Oswald de Andrade (São Paulo: Globo, 1996, 491p.).


ZINKA ZIEBELL-WENDT – Universidade Bremen e Universidade Livre de Berlim
zziebell@zedat.fu-berlin.de

TÍTULO: Países do carnaval: o carnaval como texto. Sobre a apresentação de uma festa popular e global.

RESUMO: A festa como objeto de investigação na literatura. Análise comparativa de textos canônicos sobre o carnaval caribenho de Earl Lovelace - “ The dragon can’t dance” e sobre o carnaval brasileiro de Jorge Amado – “O país do carnaval”.

CURRÍCULO: Zinka Ziebell-Wendt é Professora da Língua portuguesa na Universidade de bremen e na Universidade Livre de Berlim. Sua tese de Doutorado teve como tema os relatos uinhentistas sobre o brasil. É autora do livro Terra de canibais (Porto Alegre, Ed. da UFRGS, 2002) e tem vários ensaios publicados.


ZUZANA BURIANOVÁ – Universidade de Palacký, República Tcheca
zburianova@post.cz - burian@ffnew.upol.cz

TÍTULO: Rosa, Kafka, Cortázar: três faces da metamorfose

RESUMO: A comunicação oferece algumas reflexões acerca de diferentes graus qualitativos da metamorfose que representa o eixo temático dos contos “Meu tio Iaauaretê” , de Guimarães Rosa, e “Axolotle”, de Júlio Cortazar, e a novela “Metamorfose”, de Franz Kafka. Centrando-se na análise das dicotomias civilização-barbárie, esquecimento –memória, palavra-silêncio, nosso objetivo é relacionar os três modos de tratar a problemática da alteridade, para mostrar o caminho que vai desde a discrepância irreconciliável entre o “eu” e o “outro” , passa pela condição “centauriana” do homem, até chegar à fusão dos mundos opostos em um ritual antropofágico.

CURRÍCULO: Nasceu em Olomouc, República Tcheca, em 1969. Tirou os cursos de Filologias Portuguesa, Espaanhola e Inglesa na Faculdade de letras da Universidade Palacký, em Olomouc. Desde 1994 trabalha como assistente de Filologia Luso-brasileira na mesma instituição. A partir de 1996, passou a lecionar também na Universidade Masaryk, em Brno. Especializou-se em literatura e cultura brasileiras, sendo o tema de sua tese de doutorado a obra de João Guimarães Rosa.